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Petiscar é mau para a saúde? Depende do que e quando se come

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O consumo de snacks está a tornar-se cada vez mais popular, com muitos a confirmarem que consomem snacks pelo menos duas vezes por dia. Num novo estudo, que envolveu mais de 1.000 pessoas, os investigadores analisaram se o consumo de snacks afeta a saúde e se a qualidade dos mesmos é importante.

“O nosso estudo demonstrou que a qualidade do snack é mais importante do que a quantidade ou a sua frequência, pelo que a escolha de snacks de alta qualidade em vez de altamente processados é provavelmente benéfica”, afirma Kate Bermingham, especialista do King’s College de Londres.

“O horário também é importante, sendo que petiscar à noite é desfavorável para a saúde”.

Utilizando dados de pouco mais de 1.000 pessoas do Reino Unido, os investigadores examinaram a relação entre a quantidade, a qualidade e o horário das refeições ligeiras e os níveis de gordura e insulina no sangue, ambos indicadores da saúde cardiometabólica.

Uma análise que mostrou que petiscar alimentos de maior qualidade, com quantidades significativas de nutrientes em relação às calorias que fornecem, estava associado a melhores respostas em termos de gordura no sangue e insulina.

E revelou ainda que o petiscar ao fim da tarde, que prolonga as janelas de alimentação e encurta o período de jejum noturno, estava associado a níveis desfavoráveis de glicose e lípidos no sangue, não havendo associação entre a frequência com que se ingerem os snacks, as calorias consumidas e a quantidade de alimentos com nenhuma das medidas de saúde analisadas.

“Observámos apenas relações fracas entre a qualidade de snacks e o resto da dieta, o que os destaca como uma caraterística dietética independente e modificável, que pode ser direcionada para melhorar a saúde”, afirma Bermingham.

“Surpreendentemente, pouco tem sido publicado sobre os snacks, apesar do facto de representarem 20-25% da ingestão de energia”, refere Bermingham.

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