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Dados revelam segurança das vacinas COVID-19 nas pessoas com doenças reumáticas

doenças reumáticas

Em geral, as pessoas com doenças reumáticas e musculoesqueléticas inflamatórias ou autoimunes não foram incluídas nos programas de ensaios clínicos para as vacinas contra a COVID-19, o que levantou questões sobre a segurança e eficácia das mesmas nesta população. Mas os últimos dados do registo COVAX deitam por terra as dúvidas e garantem a segurança da vacinação contra a Covid-19 em quem vive com este tipo de doenças.

Recorde-se que a COVID-19 é uma doença causada pela infeção pelo vírus SARS-CoV-2 e, desde que surgiu, no final de 2019, o vírus causou uma pandemia global. Em fevereiro de 2021, a EULAR, Aliança Europeia de Associações de Reumatologia, lançou o COVAX, um registo dirigido aos médicos para recolha de informações sobre a vacinação COVID em pessoas com doenças reumáticas e musculoesqueléticas inflamatórias e não inflamatórias, que convidou os reumatologistas de vários países a relatar o maior número possível de casos de pessoas com estas doenças que receberam uma vacina COVID, independentemente de terem ou não sentido efeitos secundários.

De fevereiro a julho de 2021 foram recolhidas informações referentes a 5.121 pessoas com diferentes tipos de doenças reumáticas e musculoesqueléticas, sendo as mais comuns a artrite reumatoide, espondiloartrite axial, artrite psoriática, osteoartrite e osteoporose, que levaram pelo menos uma dose da vacina contra a COVID.

Entre as pessoas com doenças reumáticas e musculoesqueléticas inflamatórias, 54% estavam a tomar um medicamento antirreumático modificador da doença sintético convencional, 42% faziam medicação biológica e 35% tomavam medicamentos imunossupressores.

Os resultados do COVAX mostram que a maioria das pessoas com doenças reumáticas e musculoesqueléticas inflamatórias tolera bem a sua vacina contra a COVID, sem diferenças no perfil de segurança face ao observado na população em geral ou em pessoas com doenças reumáticas e musculoesqueléticas não inflamatórias, tendo os efeitos secundários mais comuns sido reações de curta duração à injeção.

Uma das razões para fazer perguntas de segurança adicionais no caso das pessoas com doenças reumáticas e musculoesqueléticas inflamatórias tem a ver com a preocupação de que a vacina pudesse causar um surto de doença.

Neste estudo, apenas 4,4% das pessoas tiveram uma crise após terem levado a vacina contra a COVID, com 0,6% classificadas como graves. A maioria das pessoas (mais de 98%) conseguiu continuar com a medicação normal sem alterações.

O estudo descobriu ainda que havia uma baixa taxa de infeções por COVID-19 em pessoas com doenças reumáticas e musculoesqueléticas, uma vez que foram totalmente vacinadas, descobertas consideradas valiosas e que servirão de suporte a discussões sobre a segurança e a relação benefício/risco da vacinação contra a COVID nas pessoas com estas doenças.

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