Não é fácil viver com dores nos joelhos, uma das maiores e mais complexas articulações do nosso corpo, que serve de suporte para a maior parte dos movimentos, desempenhando também um papel na estabilidade e flexibilidade. Um problema partilhado por cerca de dois milhões de portugueses.
Andar, subir ou descer escadas, agarrar um objeto caído no chão ou simplesmente entrar e sair da banheira tornam-se, com este problema, tarefas complicadas e sobretudo dolorosas. É por isso que as dores nos joelhos, independentemente da idade de quem as sofre, podem alterar a rotina e roubar independência e liberdade. Sobretudo entre os mais idosos.
Resultantes de lesão, artrite, doenças inflamatória, entre outras, as dores nos joelhos são um problema que ganha mais força com a chegada da terceira idade. A passagem do tempo faz-se também sentir aqui, acompanhado por um desgaste que faz com que as nossas articulações não sejam tão flexíveis como antes. Surge então a artrite no joelho, que limita a mobilidade dos seniores, causando desconforto e privações, não só o nível físico, mas também social e psicológico.
De acordo com os dados do Instituto Português de Reumatologia, estima-se que dois milhões de portugueses sofram com osteoartrite, uma das manifestações mais comuns da artrite no joelho. Resultante da deterioração da cartilagem, causa dor e rigidez e limita os movimentos, sendo a idade um dos maiores fatores de risco.
Aprender a viver com dores no joelhoes
Esta é, de resto, muito frequente nos idosos. Os dados da Organização Mundial de Saúde confirmam que cerca de 80% das pessoas com mais de 65 anos têm osteoartrite, que surge no 4º lugar na lista das que mais reduzem a qualidade de vida de ano para ano.
Aprender a viver com esta doença significa aprender a mudar o estilo e hábitos de vida, para lidar com a dor e o desconforto que pode causar, assim como tomar medidas preventivas para evitar danos adicionais às já afetadas articulações. Por exemplo, mantendo-se ativo, por mais difícil que possa ser. O exercício físico (hidroginástica, natação, caminhada) ajuda a aliviar a rigidez causada pela doença, bastando 20 minutos diários para ajudar a melhorar o equilíbrio, coordenação e estabilidade.
“Proteger as articulações nas tarefas diárias é também essencial. E, aqui, são várias as alternativas, em forma de equipamentos de mobilidade, capazes de ajudar a levar uma vida ativa e independente, ao mesmo tempo que auxiliam na proteção das articulações”, refere André Magalhães, especialista de mobilidade da Stannah.
“Exemplo não faltam, como os elevadores de escadas ou plataformas elevatórias, que ajudam a subir e a descer escadas ou as scooters de mobilidade, que o auxiliam nas deslocações”, acrescenta.