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Início precoce da menopausa associado à redução da capacidade de trabalho

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Um novo estudo, realizado por especialistas da Universidade de Oulu, na Finlândia, revelou que o início precoce da menopausa está associado a uma redução da capacidade de trabalho das mulheres aos 46 anos. A investigação indica ainda que a menopausa numa idade mais precoce aumenta o risco de incapacidade e de dias de desemprego.

A menopausa diz respeito ao período de declínio da função ovárica, que acaba por conduzir ao fim da menstruação. Cerca de 80% das mulheres apresentam sintomas relacionados com o declínio dos níveis de estrogénio, como afrontamentos e perturbações do sono. Além disso, o risco de doenças cardíacas e cardiovasculares tende a aumentar durante a menopausa, considerada precoce se ocorrer antes dos 45 anos de idade.

Num inquérito realizado ao longo de 46 anos a 2.700 mulheres nascidas em 1966 no norte da Finlândia, 13% das mulheres foram classificadas como tendo atingido a menopausa. Os dados sobre a compra de medicamentos de substituição hormonal, bem como os dias de incapacidade e desemprego, foram recolhidos dos registos do Instituto de Segurança Social da Finlândia.

As mulheres que entraram na menopausa aos 46 anos registaram uma probabilidade 40% superior de redução da capacidade de trabalho em comparação com o grupo de referência. Durante um período de acompanhamento de dois anos, registaram ainda mais 9% de dias de incapacidade e 16% a mais de dias de desemprego e, alargando este período para sete anos, 5,6% das mulheres na menopausa passaram a receber uma pensão por invalidez, ao passo que o valor correspondente no grupo de referência foi de 3,3%, o que significa um aumento de risco de 1,7 vezes.

“Pela primeira vez a nível internacional, o estudo fornece dados a nível populacional sobre a associação entre a idade precoce da menopausa e o absentismo no trabalho”, refere Tiia Saarinen, investigadora de doutoramento da Universidade de Oulu. “Em geral, muito pouca investigação tem sido feita sobre o papel da menopausa precoce em termos de participação na força de trabalho. As nossas conclusões sobre o risco de desemprego e de incapacidade nestas mulheres são, por isso, significativas”, afirma.

O tratamento mais eficaz para os sintomas causados pela deficiência de estrogénio é a terapia de substituição hormonal. Em alguns países, como o Reino Unido, foram elaboradas diretrizes para que os locais de trabalho apoiem a capacidade de trabalho das mulheres na menopausa através de medidas simples. Estas podem incluir pausas durante o trabalho, regulação da temperatura nos locais de trabalho e ajustes relacionados com o vestuário de trabalho.

 

Crédito imagem: (iStock)

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