Um novo estudo da Universidade de Bar-Ilan, em Israel, descobriu que a diabetes gestacional pode ser diagnosticada logo no primeiro trimestre de gravidez, meses antes do que é costume.
A diabetes gestacional surge quando mulheres sem diabetes desenvolvem intolerância à glucose na gravidez e afeta aproximadamente 10% das mulheres grávidas em todo o mundo, sendo atualmente diagnosticada no segundo trimestre de gravidez.
O novo estudo, liderado por Omry Koren e uma equipa de investigadores israelitas e internacionais, é um dos primeiros a dar uma previsão fiável da diabetes gestacional meses antes de ser tipicamente diagnosticada.
Existem diferenças marcantes na microbiota intestinal no primeiro trimestre de gravidez das mulheres que desenvolvem e não desenvolvem mais tarde diabetes gestacional. Estas diferenças estão associadas a marcadores inflamatórios, com as mulheres que com este problema a apresentarem uma inflamação mais elevada e níveis mais baixos de metabolitos benéficos.
Neste novo estudo, foram recolhidas amostras de fezes e soro de mulheres grávidas durante o primeiro trimestre, tendo estes sido alvo de análise, assim como os hábitos alimentares, tabagismo e outros das futuras mamãs. Algo que permitiu prever com precisão quais as mulheres que iriam e não iriam desenvolver diabetes gestacional.
De acordo com os investigadores, parece que o microbioma intestinal tem um papel na mediação do desenvolvimento da doença.
“O reconhecimento de mulheres em risco de diabetes gestacional numa fase precoce da gravidez pode permitir recomendações específicas para a prevenção desta doença, atualmente conseguida através da modificação do estilo de vida e, no futuro, talvez através de suplementação específica pré, pró e pós-biótica”, afirma Koren.
Se a diabetes gestacional pudesse ser prevenida, haveria uma grande redução nos resultados adversos que costuma provocar, tanto para a mãe como para o bebé, tanto a curto como a longo prazo, beneficiando as famílias em todo o mundo.
