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O que é a doença falciforme e como levar uma vida normal

doença falciforme

As pessoas com doença falciforme, um distúrbio genético que afeta os glóbulos vermelhos, têm uma expectativa de vida reduzida e podem enfrentar muitos desafios na sua vida. No entanto, existem medidas para levar uma vida mais saudável apesar desta doença. Archana Sharma, hematologista/oncologista pediátrica do Rutgers Cancer Institute of New Jersey, fala sobre o tema.

“A doença falciforme é uma doença hereditária dos glóbulos vermelhos”, explica Archana Sharma. “Trata-se de um defeito na proteína hemoglobina, encontrada dentro dos glóbulos vermelhos – a hemoglobina é responsável por levar oxigénio dos pulmões para o resto do corpo.”

Os glóbulos vermelhos normais têm a forma de um donut, são redondos e flexíveis, o que lhes permite viajar livremente pelos vasos sanguíneos. “Nas pessoas com doença falciforme, os glóbulos vermelhos são rígidos e em forma de foice ou banana, o que impede a sua livre circulação pelos vasos sanguíneos. Em vez disso, há uma tendência de se aglomerarem e ficarem presos, bloqueio que impede que o oxigénio chegue onde precisa, o que pode levar a episódios de dor intensa e danos nos tecidos e órgãos.”

Doença falciforme: reduzir o risco

Como a doença falciforme é crónica, doentes e familiares podem enfrentar muitos desafios físicos e psicossociais ao longo das suas vidas. Dependendo da gravidade da doença, esses desafios podem incluir interrupções frequentes nas rotinas diárias, com algumas pessoas a acharem difícil manter um emprego a tempo inteiro ou frequentar a escola regularmente.

“Estes doentes apresentam alto risco de acidente vascular cerebral e outros problemas cardíacos e pulmonares, além de risco elevado de infeção, havendo ainda o desafio muito real de aprender a conviver com o estigma de ter doença falciforme, sobretudo quando se trata de controlar a dor – muitas pessoas simplesmente não entendem a doença e a extensão da dor envolvida”, alerta Archana Sharma.

“Mas as pessoas com doença falciforme podem levar vidas plenas e ativas”, refere a especialista. “Embora uma pessoa com esta doença não tenha controlo total sobre a forma como afeta o seu corpo, há medidas que podem ser tomadas para controlar a dor.”

Podem diminuir o risco de dificuldades associadas à doença e desfrutar de muitas atividades normais, “fazendo exames regulares com o seu médico e prevenindo infeções através de medidas simples, que incluem lavar as mãos com frequência. Também é importante seguir os tratamentos prescritos pelo médico. Atualmente, a única cura para a doença falciforme é um transplante de medula óssea. No entanto, existem terapias eficazes que podem minimizar os sintomas e prolongar a vida”.

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