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Os 50 anos são os novos 40 no que diz respeito aos partos

gravidez depois dos 50 anos

Os 50 anos são os novos 40 no que diz respeito aos partos. Estranho? Talvez nem tanto, defendem investigadores israelitas, que determinaram que é mais seguro dar à luz depois dos 50 anos, tal como aos 40 anos, sem colocar em risco a mãe ou o bebé.

Especialistas da Universidade Ben-Gurion e do Centro Médico da Universidade de Soroka avaliaram as complicações da gravidez nas mulheres com mais de 50 anos e tentaram perceber se estas têm um risco acrescido, não só elas, como também o feto, comparando com as mães mais jovens.

E descobriram que, graças aos avanços médicos e tecnológicos, que incluem a fertilização e doação de óvulos, a idade em que uma mulher pode dar à luz tem aumentado gradualmente.

“Acontece que os 50 são os novos 40 quando se trata de parto”, refere Eyal Sheiner, um dos responsáveis do trabalho.

“Não há dúvida de que as equipas médicas vão precisar de lidar com o número crescente de nascimentos em mulheres com mais de 50 anos.”

Complicações na mira

O estudo incluiu 242.771 partos realizados em Soroka, dos quais 234.824 (96,7%) ocorreram em mulheres com menos de 40 anos. O restante ocorreu em mulheres com idade entre 40 e 50 anos, ou mais.

O objetivo foi verificar se as mulheres tinham complicações durante a gravidez e o parto, que incluíam nascimentos prematuros, diabetes gestacional, hipertensão e necessidade de cesarianas. O estudo avaliou também se o recém-nascido apresentava problemas físicos, mortalidade ou sofrimento durante o trabalho de parto.

De facto, e sem surpresas, todas as complicações foram maiores entre as mulheres com mais de 40 anos que tiveram filhos, comparando com aquelas que deram à luz abaixo dessa idade.

No entanto, não houve aumento de complicações em mulheres com mais de 50 anos, comparando com as que tiveram bebés entre os 40 e os 50 anos.

Sheiner aconselha, por isso, a que se tratem as gravidezes de mulheres com mais de 40 anos como de alto risco, sobretudo no que diz respeito ao rastreio da glicemia em jejum e da pressão arterial da grávida, para deteção precoce de complicações.

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