
Portugal acaba de se tornar o mais recente Estado Participante na Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC), doença que continua a ser um desafio significativo para a saúde pública em Portugal, com cerca de 69.500 novos casos de cancro e aproximadamente 33.700 mortes relacionadas com o cancro em 2022.
Para dar resposta aos desafios associados a este tipo de doenças, Portugal desenvolveu uma estratégia nacional abrangente, a Estratégia Nacional de Luta Contra o Cancro, Horizonte 2030, para orientar os seus esforços na redução da incidência e da mortalidade pela doença.
“Estamos entusiasmados por receber Portugal como Estado Participante”, afirma a Diretora do IARC, Elisabete Weiderpass.
“O compromisso de Portugal com a implementação de estratégias de vanguarda para o controlo da doença, aliado à sua sólida base de investigação, está perfeitamente alinhado com a missão global do IARC. Juntos, continuaremos a promover a investigação e as intervenções que visam reduzir a carga global do cancro.”
As principais áreas de colaboração entre Portugal e o IARC incluem o registo do cancro, a deteção precoce, o rastreio, a investigação e a formação, com particular ênfase na avaliação dos programas de controlo da doença. E, através desta parceria, o IARC e Portugal pretendem otimizar o rastreio, avançar na investigação molecular e reforçar os esforços nacionais e internacionais de controlo.
Em particular, o trabalho contínuo de Portugal no rastreio do cancro do pulmão e na prevenção do cancro gástrico está alinhado com o foco do IARC na deteção precoce, enquanto a experiência do País em investigação sobre biologia e prevenção destas doenças é vital para o avanço do conhecimento global. O envolvimento de Portugal nestas áreas apoiará também os objetivos mais vastos do IARC, como a melhoria dos sistemas de registo e o reforço da capacidade de investigação, tanto no país como nos países lusófonos.
“A adesão à IARC como Estado Participante é um passo importante para os esforços contínuos de Portugal para melhorar o tratamento do cancro”, afirma José Dinis, Diretor do Programa Nacional de Doenças Oncológicas da Direção-Geral da Saúde. “Esta colaboração irá melhorar a nossa investigação, otimizar os programas de rastreio e permitir-nos avaliar e refinar as estratégias de controlo da doença para beneficiar Portugal e a comunidade global em geral.”