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Risco de amputações dispara entre os doentes com diabetes e gota

diabetes e amputações

Diabetes e gota estão entre os distúrbios metabólicos mais comuns nos países industrializados : de acordo com dados publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 60 milhões de europeus sofrem de diabetes e 18 milhões de gota. A combinação das duas tem como resultado, revela agora um novo estudo, um risco aumentado de amputações.

“A gota está a ser cada vez mais associada a complicações cardiovasculares, renais e metabólicas desfavoráveis, e agora a riscos de amputação”, confirma Iain B. McInnes, presidente da EULAR, a Liga Europeia contra o Reumatismo.

Num estudo atual, Brian LaMoreaux, especialista norte-americano, mostra o quão elevado é o risco de amputações, com base na avaliação de 190 milhões de conjuntos de dados de doentes.

A equipa de investigação dividiu os doentes em quatro grupos, de acordo com seus problemas de saúde: pessoas com gota; com diabetes; com gota e diabetes; e pessoas sem doença.

Depois, foram comparados quantos doentes de cada grupo necessitaram de amputação e, entre aqueles que não apresentavam qualquer patologia, a taxa de amputação não foi além dos 0,03%.

Bem diferentes são os dados obtidos para os restantes: nos doentes com gota, a taxa chegou aos 0,16%; já para pessoas que sofrem apenas de diabetes, o valor triplicou para 0,46%.

“Doentes com gota ou diabetes têm um risco significativamente aumentado de amputação. Nas pessoas com ambas as doenças, esse efeito é ainda mais amplificado”, refere LaMoreaux. De acordo com os resultados de seu estudo, a taxa de amputação entre pessoas com as duas patologias é de 0,77%.

John Isaacs, presidente do Comité do Programa Científico da EULAR, enfatiza que estes resultados são muito relevantes para a prática clínica diária: “Quanto mais sabemos sobre os riscos e complicações associadas à diabetes e à gota, mais especificamente podemos informar os doentes e otimizar estratégias terapêuticas para, potencialmente, prevenir cirurgias graves, como as amputações.”

Segundo o especialista, a perda de uma parte do corpo é particularmente difícil para muitas pessoas, aumentando a urgência de gerir adequadamente estes dois problemas de saúde.

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