“Os adoçantes sem ou de baixas calorias são aditivos alimentares seguros na população em geral.” A afirmação é de Susana Socolovsky, presidente da Associação Argentina dos Profissionais de Tecnologia e Segurança Alimentar, uma das especialistas presentes no XVIII Congresso Latino-Americano de Nutrição.
Uma informação que vai ao encontro da conclusão do Consenso Ibero-Americano sobre o tema, que reuniu mais de 60 especialistas internacionais e que foi recentemente publicado na revista internacional Nutrients.
Um documento que analisa as evidências em relação ao papel destes adoçantes na alimentação, a sua segurança, regulação e aspetos nutricionais e dietéticos do seu uso em alimentos e bebidas, com o objetivo de “fornecer informações úteis com base em evidências científicas para contribuir para a redução do consumo de açúcares adicionados em alimentos e bebida”.
Papel na luta contra a perda de peso
Numa sessão do congresso latino-americano, que decorreu no México, Susana Socolovsky reforçou a avaliação feita aos adoçantes, “cuidadosamente revistos e aprovados periodicamente, com a consequente aprovação pelas agências de saúde reguladoras em todo o mundo, incluindo a Organização Mundial de Saúde, a agência Food and Drug Administration dos Estados Unidos e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos”.
Um tema que continua na ordem do dia, tanto mais que, refere Aranceta‑Bartrina, presidente do Comité Científico da Sociedade Espanhola de Nutrição Comunitária, se trata de “um assunto de interesse contínuo entre a população”.
Por isso, tem sido constante a revisão de estudos sobre os adoçantes. É esta análise que leva Lluis Serra-Majem, professor catedrático de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade de Las Palmas de Gran Canária e presidente da Fundação para a Investigação Nutricional, a confirmar que “os adoçantes sem ou de baixas calorias podem melhorar o controlo glicémico em vez do açúcar e, integrados em programas de controlo de peso, podem também favorecer a redução da ingestão total de energia e perda de peso”.