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Suécia realiza o primeiro transplante de útero a partir de um doador falecido

transplante de útero na Suécia

Foi uma estreia na Suécia: o primeiro transplante de útero de um doador falecido, uma intervenção realizada com sucesso.

Foi em dezembro de 2019 que tudo aconteceu, sob a supervisão de Mats Brännström, consultor médico e professor de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Gotemburgo. Tanto que a equipa quer repetir a proeza e realizar cinco outros transplantes do género, no decorrer deste ano e do próximo.

Até o momento, contam-se três bebés que, em todo o mundo, nasceram após o transplante de útero de dador falecido: um no Brasil, seguido por dois nos EUA. 

“É bom ter começado. Agora também conseguimos dizer aos outros doentes em lista de espera que o primeiro transplante foi realizado”, refere Mats Brännström em comunicado.

Aumento do número de dadores

Todos os transplantes uterino até então feitos na Suécia envolviam um doador vivo, por norma a mãe da destinatária e, nalguns casos, uma amiga próxima.

O objetivo de experimentar o novo método é expandir o leque de opções antes do possível estabelecimento do transplante uterino como tratamento.

Desta forma, o potencial número de doadores aumentaria e mesmo uma mulher sem um dador poderia ser considerada para transplante. A tudo isto junta-se outra vantagem: a de não ter de submeter a anestesia e cirurgia o dador vivo.

A gravidez depois do transplante de útero 

O dador desta estreia era uma mulher que já tinha dado à luz e encontrava-se em idade fértil no momento da sua morte súbita.

Os sobreviventes foram questionados sobre a possibilidade da doação de órgãos, como sempre quando um potencial dador não está listado no registo de doações e “foram também questionados especificamente sobre o útero, já que é um novo órgão nesse contexto”, explica Brännström.

A doente, uma mulher de 30 anos, foi recebida no Hospital Universitário Sahlgrenska para a operação e regressou a casa cinco dias depois, continuando a ser acompanhada e a receber cuidados.

O plano é, neste outono, dez meses após a cirurgia, que dê início às tentativas para engravidar , o que ser será feito introduzindo no útero transplantado um embrião desenvolvido através da fertilização in vitro (FIV) antes do transplante.

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