Scroll Top

Investigadores nacionais participam em projeto europeu para facilitar doação de rins

facilitar a doação de rins

Chama-se ENCKEP, sigla que traduz a European Network for Collaboration on Kidney Exchange. Um projeto que envolve 28 países de toda a Europa e tem um objetivo: facilitar o processo da doação de rins entre nações. Para o fazer, conta com uma ferramenta made in Portugal.

Foi no INESC TEC, no Porto, que nasceu a ferramenta que se encontra na base do ENCKEP e que permite identificar os “pares mais interessantes” para a doação de rins e respetivo transplante.

A esta tarefa, os investigadores nacionais juntam outra tarefa, a de estudar hipóteses e desenvolver modelos que reflitam a realidade. O objetivo passa por apresentar um protótipo final, em 2020, data de fim do projeto.

O projeto pretende ainda propor uma plataforma comum para partilha de dados e a otimização de modelos em programas internacionais, desenvolvendo e testando um protótipo transnacional.

“Neste campo existem muitas preocupações éticas, legais e tecnológicas”, explica, citada pelo site Notícias UP, Ana Viana, investigadora do INESC TEC.

Há mais de 1900 portugueses à espera de doação de rins

As vantagens destas ‘conversas’ europeias são também sentidas pelos doentes renais, que esperam por um transplante, uma vez que quantos mais pares estiverem nos programas, maior a probabilidade de encontrarem um órgão compatível.

O que significa que países mais pequenos e que, por isso, têm programas nacionais de dimensão pequena, os benefícios passam por ter um maior número de doentes transplantados. No caso dos países de maiores dimensões, a colaboração é a maior vantagem.

“Quando o projeto iniciou, não existiam programas transnacionais de doação renal cruzada. Essa colaboração neste momento já é uma realidade, não necessariamente por via do projeto, mas requer uma análise mais aprofundada sobre a melhor forma de operacionalização”, refere a investigadora.

“Em particular, estando a falar de recursos escassos, os órgãos, é necessário entender de que forma esses órgãos devem ser distribuídos pelos países participantes de forma justa e, eventualmente, respeitando políticas que não seja possível uniformizar entre os diferentes países”, explica.

Recorde-se que, de acordo mais recentes com os dados do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, em Portugal contavam-se mais de 1900 doentes à espera de um transplante de rim no fim do ano passado.

Posts relacionados