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Um “superalimento” que cria nova esperança na luta contra a hipertensão

espirulina para a hipertenção

Já se encontra, em forma de pó, disponível para venda na maior parte das grandes superfícies em Portugal. Mas a espirulina – ou spirulina – é ainda pouco conhecida dos portugueses, apesar de se lhe serem atribuídos muitos benefícios para a saúde. Já a ciência, continua a debruçar-se sobre este “superalimento” e agora encontrou-lhe outra vantagem: ajudar a combater a hipertensão.

Ainda que a identificação correta dos seus efeitos se mantenha como tema de investigação científica, esta cianobactéria, também classificada como “alga azul”, tem uma longa história e sabe-se mesmo que já era usada pelos astecas.

É do trabalho num Laboratório de Fisiopatologia Vascular da I.R.C.C.S. Neuromed, em Itália, que resulta a mais recente novidade: a capacidade de neutralizar a hipertensão arterial, dilatando os vasos sanguíneos.

No extrato de espirulina foi descoberto um péptido, ou seja, uma molécula composta por aminoácidos, tais como proteínas, mas muito pequeno, que se sabe agora ser capaz de relaxar as artérias, proporcionando uma ação anti-hipertensiva.

Estas experiências, descritas num artigo na revista Hypertension, foram realizadas em laboratório, com modelos animais, mas os seus resultados são promissores.

Investigação identifica nova molécula

“A nossa investigação começou por submeter o extrato bruto de espirulina a uma digestão gastrointestinal simulada”, explica Albino Carrizzo, principal autor do trabalho.

“Por outras palavras, reproduzimos o que acontece no intestino humano depois de ingerir a substância.”

Uma experiência que permitiu a identificação, pela primeira vez, de uma molécula chamada SP6, que revelou ter uma ação vasodilatadora, um efeito potencialmente anti-hipertensivo.

Algo que levou os investigadores a experimentar o peptídeo em animais que sofrem de hipertensão, o que resultou numa diminuição efetiva da pressão arterial.

“É necessária mais investigação, mas o SP6 pode representar um adjuvante natural para as terapêuticas comuns”, conclui Carmine Vecchione, professor na Universidade de Salerno.

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