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Redução de caixa de email dos médicos de família motiva pedido de esclarecimento da Ordem dos Médicos

médicos de família

Muito se tem falado sobre a dificuldade recente de acesso dos utentes aos serviços de saúde, sobretudo aos centros de saúde. São as chamadas telefónicas que ficam por atender e doentes por tratar. Agora, a Ordem dos Médicos vem pedir esclarecimentos ao Governo sobre a redução da capacidade de resposta das caixas de email dos médicos de família, reportada por vários profissionais.

“Esta decisão unilateral e sem aviso prévio constitui mais uma barreira inadmissível ao contacto dos doentes com os seus centros de saúde e torna-se especialmente grave no contexto de pandemia que vivemos”, lê-se no comunicado da Ordem.

“A Ordem dos Médicos tem vindo a alertar para os grandes constrangimentos que se vivem nos centros de saúde e que são resultado da opção do Ministério da Saúde de manter os médicos de família desviados e focados no combate à pandemia, sem poderem continuar o atendimento aos seus doentes de sempre”, refere a propósito o bastonário da ordem dos Médicos.

“A isto acresce a dificuldade antiga com as centrais telefónicas dos centros de saúde, que estão obsoletas e não permitem fazer um atendimento telefónico eficaz”, acrescenta Miguel Guimarães.

“Torna-se, portanto, incompreensível, inaceitável e até mesmo intolerável esta decisão de vedar aos médicos, aos outros profissionais e aos doentes o email enquanto ferramenta de trabalho e de contacto. Numa altura em que cresce a necessidade de troca de informação clínica por via digital, reduzir de 50Gb para apenas 2Gb uma caixa de correio é um sinal de falta de conhecimento e de falta de estratégia.”

“Se os motivos financeiros estiverem de facto na origem desta decisão prova-se, uma vez mais, o desnorte com que a saúde de todos nós está a ser gerida, ignorando-se que o dinheiro que é hoje retirado sairá mais caro no futuro”, acrescenta Miguel Guimarães, que apela a uma “rápida explicação deste erro e reposição da capacidade de resposta”.

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