A farmacêutica AstraZeneca acaba de anunciar o investimento de 2,5 milhões de euros na renovação do seu edifício-sede, em Lisboa, dos quais 500 mil euros dizem respeito a iniciativas no âmbito da sua estratégia de sustentabilidade. O edifício opera, a partir de agora, com 100% de energia renovável, graças à instalação de 795 painéis solares com uma produção estimada de 400 MWh/ano de energia, equivalente a uma redução de emissões de 110 toneladas de CO2/ano.
Este é um investimento que permite ainda contribuir para a descarbonização do Serviço Nacional de Saúde (SNS), através da criação da primeira comunidade de energia desta natureza em Portugal, com o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), na Amadora.
Com este projeto, a AstraZeneca Portugal reforça a sua intervenção no movimento de transição energética. A criação da comunidade de energia inovadora permite a partilha da energia produzida e não consumida aos seus vizinhos num raio de quatro quilómetros. Tendo presente os objetivos de descarbonização do SNS, esta partilha, estimada em 100MWh/h, será feita ao HFF, hospital que serve mais de 550.000 utentes dos concelhos da Amadora e de Sintra.
Além da renovação da sede foi também apresentada uma solução de mobilidade elétrica inovadora, que possibilita a utilização da energia solar produzida no edifício para o carregamento das viaturas elétricas nas instalações da companhia e a descarbonização da frota da empresa, bem como uma redução significativa do custo de carregamento.
O investimento feito cobre ainda a criação de uma aplicação informática de marcação de almoços antecipada, de modo a diminuir as emissões de carbono associadas à dieta dos colaboradores na cantina do edifício; a instalação de um compostor para tratamento de resíduos orgânicos provenientes desta e a criação de uma horta comunitária com 12 parcelas de 10 a 12 m2, fertilizadas pelo composto destes resíduos, criando assim uma economia circular no edifício.
Foi ainda feita a recuperação do depósito para o aproveitamento das águas pluviais e colocado chão exterior em betão poroso, para permitir a absorção da água das chuvas pelo solo.
Na renovação do edifício, a AstraZeneca recuperou e reutilizou algum do material já existente e doou o que já não fazia sentido manter e se encontrava em bom estado a algumas instituições, como a REMAR, a REFOOD, a Associação Paulo Bento e a Escola Terra, tendo ainda sido doados equipamentos informáticos à Câmara Municipal de Oeiras, à APPACDM e à Médicos do Mundo.