O cancro do pulmão constitui a principal causa de morte relacionada com cancro em todo o mundo: um em cada cinco doentes está vivo após o diagnóstico inicial, e mais de 60% dos doentes são diagnosticados numa fase avançada da doença. Aumentar a sobrevivência de quem tem o diagnóstico de cancro do pulmão, com qualidade de vida, são dois grandes objetivos da Aliança para o Cancro do Pulmão, uma iniciativa que reúne várias entidades unidas à volta deste propósito – Grupo de Estudos para o Cancro do Pulmão (GECP), Liga Portuguesa Contra o Cancro, Ordem dos Médicos, Pulmonale, Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardíaca, Torácica e Vascular, Sociedade Portuguesa de Pneumologia e AstraZeneca.
A Aliança para o Cancro do Pulmão, orientada por um Conselho Estratégico, organiza-se em quatro Grupos de Trabalho, dedicados a diferentes temas: aumentar o conhecimento sobre cancro do pulmão, implementar o rastreio em grupos de alto risco, promover o diagnóstico e intervenção precoces e melhorar a qualidade dos cuidados e apoio aos doentes com cancro do pulmão e cuidadores
Focados em atingir a sua missão, cada grupo desenvolverá e implementará planos de ação específicos. “A multidisciplinaridade é atualmente a palavra de ordem em múltiplas áreas do conhecimento, e de forma indiscutível na oncologia. Cada decisão sobre cada doente com cancro do pulmão é avaliada numa reunião multidisciplinar que junta profissionais de várias especialidades dedicadas ao diagnóstico, estadiamento e tratamento do cancro do pulmão”, explica Ana Figueiredo, presidente do GECP e membro do conselho estratégico da Aliança.
“Mas a multidisciplinaridade não se esgota nas reuniões de decisão terapêutica, é preciso ir mais longe, congregar esforços para aumentar o conhecimento sobre o cancro do pulmão (da população, doentes e profissionais de saúde), potenciar a prevenção e o rastreio de forma a promover um diagnóstico o mais precoce possível, promover o acesso rápido ao melhor tratamento, e melhorar a qualidade dos cuidados aumentando a qualidade de vida dos doentes. São estes os quatro pilares da Aliança para o Cancro do Pulmão, que junta os esforços de várias entidades que têm vindo a trabalhar em conjunto e a desenvolver atividades com este intuito”, acrescenta.
Aliança para o Cancro do Pulmão e a literacia em saúde
Um dos elementos fundamentais deste projeto é a comunicação através do novo website https://aliancacancropulmao.
“O lançamento do website da Aliança é mais um passo, que vai permitir partilhar o trabalho desenvolvido por cada entidade e em conjunto, e ser uma fonte de informação fidedigna e atual, numa época em que a procura de informação nas redes digitais é cada vez maior, numa área em desenvolvimento exponencial”, conclui Ana Figueiredo
Através da vontade e esforço colaborativo de várias entidades, e um trabalho assente na partilha de experiências e boas práticas, a Aliança para o Cancro do Pulmão pretende promover a alteração do status quo na prevenção, diagnóstico e tratamento da doença em Portugal, bem como incrementar a literacia de profissionais de saúde, doentes e público em geral, através de ações que mudem o ritmo do progresso na sobrevivência desta doença.
“A PULMONALE, enquanto voz dos doentes com cancro do pulmão, considera necessária a cooperação ativa dos diversos stakeholders para alterar a realidade atual da doença oncológica com maior mortalidade associada”, explica Isabel Magalhães, Presidente da PULMONALE, que integra a Aliança para o Cancro do Pulmão.