Chama-se HOPE. É um videojogo para tablet, com um duplo objetivo: explicar às crianças o que é o cancro e, ao mesmo tempo, promover a sua atividade física. Um projeto que conquistou o primeiro lugar no concurso MED.IDEAS, do NORTEXCEL 2020 – Centro de Excelência em Tecnologias Médicas.
O protagonista deste jogo imita a realidade. É uma criança que luta contra o cancro, mas vestindo a pele de um super-herói no combate aos maus da fita, ou seja, às doenças.
“Recorrendo a uma tecnologia inovadora que deteta os movimentos das crianças, o jogo inclui uma parte de entretenimento com prática de exercício físico, para que os utilizadores consigam melhorar a sua condição física, respondendo mais eficazmente aos tratamentos”, lê-se no site do projeto, que explica também como este projeto ajuda a tornar o tempo que as crianças passam no hospital mais produtivo, aumentando a sua autoestima e incentivando-as a lutar contra a doença de uma forma proativa.
Visa, por isso, diminuir o sedentarismo e a ansiedade em crianças internadas, permitindo um aumento da resposta aos tratamentos
Lutar contra o cancro no hospital, na escola e em casa
A iniciativa, desenvolvida por investigadores da Universidade do Porto, que compõem a startup BRIGHT, nasceu no Instituto Português de Oncologia do Porto.
Com recurso à realidade virtual, foi desenvolvido o protótipo de um videojogo que, através da câmara frontal do tablet ou smartphone, identifica o movimento da criança, convertendo-o em comandos para o jogo.
Uma tecnologia que se complementa com uma aplicação móvel para pais e cuidadores, com o objetivo de os orientar no processo de acompanhamento da doença da criança, esclarecendo dúvidas e acrescentando sugestões e soluções práticas para os obstáculos do dia-a-dia.
Atualmente desenvolvido no âmbito do hospital, o jogo pretende ir mais longe, ‘saltando’ daqui para outros dois cenários hospital, o da escola e o de casa.