Há um novo plano de ação europeu para a luta contra o AVC (ESO/SAFE 2018-2030), que tem como objetivo fazer frente aos desafios identificados num relatório recente, que confirma que são enormes as variações no nível de cuidados dos acidentes vasculares cerebrais disponíveis em toda a Europa e grandes os custos com a doença, diretos e indiretos – chegam aos 45 mil milhões de euros por ano, prevendo-se um aumento de 34% nos casos até 2035 devido ao envelhecimento da população.
Reunidos na Alemanha, os líderes da comunidade europeia do AVC juntaram-se aos académicos, sobreviventes e aos seus cuidadores, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e representantes de organizações da doença, com o objetivo de criar uma estrutura ambiciosa para orientar a política de saúde, sobretudo no que diz respeito à investigação, gestão local do AVC e atendimento com enfoque no doente.
As metas foram desenhadas. E, até 2030, os objetivos são ambiciosos:
- uma redução em 10% no número absoluto de acidentes vasculares cerebrais na Europa;
- tratamento de 90% ou mais de todos os doentes numa unidade de AVC;
- a criação de planos nacionais para a doença abrangendo todos os cuidados, desde a prevenção primária, reabilitação e vida após o AVC.
“Investir no acidente vascular cerebral é um reinvestimento na saúde da população e na sociedade”, refere a propósito Bo Norrving, diretor do ‘Stroke Action Plan for Europe’. “Chegou o momento em que podemos mudar substancialmente o curso do AVC graças aos avanços que deverão estar disponíveis em toda a Europa.”