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As 10 ameaças globais à saúde em 2019

ameaças à saúde

Do regresso de doenças evitáveis a bactérias resistentes aos medicamentos, sem esquecer as novas epidemias, são vários os desafios que o mundo enfrente em termos de saúde em 2019. Ameaças que a Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de identificar, ao mesmo tempo que dá início a um novo plano estratégico para garantir mais saúde para todos.

Respirar um ar poluído

poluição do ar
Nove em cada dez pessoas respiram ar poluído.

Em cada dez pessoas, nove respiram ar poluído todos os dias. Por isso, este ano, a poluição do ar é considerada pela OMS como o maior risco ambiental para a saúde.

Ainda que sem se ver, os poluentes microscópicos presentes no ar podem conseguem penetrar nos sistemas respiratório e circulatório, danificando os pulmões, coração e cérebro, matando prematuramente sete milhões de pessoas todos os anos, vítimas de doenças como cancro, AVC, doenças cardíacas e pulmonares. 

Um cenário que não tem tendência a melhorar: entre 2030 e 2050, espera-se que as alterações climáticas provoquem 250.000 mortes adicionais por ano, de desnutrição, malária, diarreia e stress associado ao calor.

Luta contra as doenças não transmissíveis

As doenças não transmissíveis, como a diabetes, cancro e doenças cardiovasculares, são, todas juntas, responsáveis por mais de 70% de todas as mortes no mundo. Contas feitas, o valor chega aos 41 milhões de pessoas, 15 milhões das quais de forma prematura, com idades entre 30 e 69 anos.

Tabaco, sedentarismo, abuso do álcool, alimentação pouco saudável e poluição do ar são os principais fatores a estas associados, responsáveis também pela agudização de problemas de saúde mental, que podem começar cedo. De facto, metade de todas as doenças mentais têm início aos 14 anos, mas a maioria dos casos não é detetada e tratada.

O que significa que, este ano, a OMS vai trabalhar com governos para os ajudar a atingir a meta global de reduzir a inatividade física em 15% até 2030.

Uma pandemia de gripe no horizonte

É uma certeza: o mundo vai enfrentar uma pandemia de gripe, não se sabendo apenas quando e quão grave será.

Por isso, a OMS está constantemente a monitorizar a circulação dos vírus influenza para detetar possíveis estirpes pandémicas e, todos os anos, recomenda as que devem ser incluídas na vacina contra gripe para proteger as pessoas da gripe sazonal.

Cenários cada vez mais frágeis

Mais de 1,6 mil milhões de pessoas (22% da população mundial) vivem em locais com crises prolongadas, seja devido à seca, fome, conflitos armados, etc, com sistemas de saúde incapazes de fornecer os cuidados mais básicos.

O reforço do trabalho nestas zonas é uma promessa da OMS.

Resistência que pode matar

antibióticos
Resistência resulta do uso excessivo de antibióticos na saúde humana, mas também ​na produção de alimentos.

A resistência aos antibióticos ameaça enviar o mundo de volta a um tempo em que este era incapaz de tratar facilmente infeções como pneumonia, tuberculose ou salmonelose.

E esta incapacidade de prevenir infeções pode comprometer seriamente a cirurgia e os procedimentos como a quimioterapia.

Uma resistência que resulta do uso excessivo de antibióticos na saúde humana, mas também ​na produção de alimentos, assim como no meio ambiente. 

Luta contra o Ébola

Em 2018, foram dois os surtos de Ébola confirmados na República Democrática do Congo, que se espalharam para cidades com mais de um milhão de pessoas. 

É, por isso, fundamental estar preparados para emergências de saúde como estas, um trabalho que promete ser reforçado este ano.

Cuidados de saúde primária fracos

Os cuidados de saúde primários são, por norma, o primeiro ponto de contacto que as pessoas têm com o seu sistema de saúde. E deve, idealmente, fornecer cuidados abrangentes, acessíveis e baseados na comunidade ao longo da vida.

É, por isso, necessário ter sistemas de saúde com cuidados de saúde primários fortes, para que se consiga alcançar a cobertura universal de saúde.

No entanto, isso continua a não se verificar em muitos países.

Em defesa da vacinação

vacinação
O número de casos de sarampo aumentou 30% em todo o mundo.

A relutância ou a recusa em vacinar, apesar da disponibilidade das vacinas, ameaça reverter o progresso feito no combate a doenças evitáveis. Isto apesar de a vacinação prevenir, de forma simples e económica, dois a três milhões de mortes por ano.

O número de casos de sarampo, por exemplo, registou um aumento de 30% em todo o mundo, sendo que, em alguns países, foi a falta de vacinas que o tornou possível.

Dengue, uma ameaça crescente

O dengue é uma doença transmitida por mosquitos, que causa sintomas semelhantes aos da gripe e pode ser fatal e matar até 20% das pessoas.

Trata-se de uma ameaça crescente há décadas, estando a doença a espalhar-se para países menos tropicais e mais temperados, onde tradicionalmente não existia.

Estima-se que 40% do mundo esteja em risco de dengue.

Acabar com a epidemia de VIH

O progresso feito contra o VIH/Sida tem sido enorme, mas a epidemia continua a alastrar, com quase um milhão de pessoas por ano a morrer com a infeção.

Desde o início da epidemia, mais de 70 milhões de pessoas adquiriram a infeção e cerca de 35 milhões morreram. Hoje, cerca de 37 milhões de pessoas no mundo vivem com o VIH.

Este ano, a OMS vai trabalhar com os países para dar apoio à introdução do auto-teste, para que mais pessoas que vivem com o VIH conheçam o seu estado e possam receber tratamento.

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