Estar em forma não tem de ser sinónimo de sofrimento. Se quer melhorar o seu estado físico e viver mais, saiba que não precisa de fazer aquilo que não gosta. E são especialistas na matéria que o garantem.
O maior estudo realizado até hoje sobre aptidão cardiorrespiratória em pessoas saudáveis confirma que ser ativo está associado a uma vida mais longa, independentemente de idade, sexo e nível inicial de condição física.
“As pessoas acham que precisam de começar a ir para o ginásio e praticar exercício para conseguirem ficar em forma”, refere a investigadora Elin Ekblom-Bak, da Escola Sueca de Ciências do Deporto e da Saúde, de Estocolmo, autor do estudo.
“Mas não precisa de ser tão complicado. Para a maioria das pessoas, basta ser mais ativo na vida quotidiana – subir escadas, sair uma paragem antes no metro, ir de bicicleta para o trabalho. É o suficiente para melhorar a sua saúde. Quanto mais fizer, melhor.”
Prioridade de saúde pública
O estudo incluiu 316.137 adultos com idades entre 18 e os 74 anos, cuja aptidão cardiorrespiratória foi medida e registada entre 1995 e 2015.
E um aumento desta fez baixar o risco de mortalidade por todas as causas e eventos cardiovasculares em 2,8% e 3,2%, respetivamente. Ou seja, permitiu viver mais.
“É particularmente importante notar que um aumento na aptidão foi benéfico, independentemente do ponto de partida”, explica Ekblom-Bak. “Isso sugere que as pessoas com níveis mais baixos de aptidão cardiorrespiratória têm mais a ganhar com o aumento de sua forma física.”
É por isso que a especialista não tem dúvidas: “o aumento da aptidão deve ser uma prioridade de saúde pública e os médicos devem avaliar a aptidão durante as consultas”.
Existem, para isso, testes simples que podem ser usados. Até porque “a falta de aptidão física é tão prejudicial como fumar, a obesidade e a diabetes, mesmo em adultos saudáveis, mas, ao contrário destes outros fatores de risco, essa aptidão não é medida rotineiramente”. Mas pode permitir viver mais.