São várias as doenças cardiovasculares que, hoje em dia, já podem ser tratadas de forma minimamente invasiva. É para esta abordagem, menos agressiva para o doente, que chama a atenção Luis Baquero, Coordenador do Heart Center e responsável da Unidade de Cirurgia Cardíaca minimamente invasiva do Hospital Cruz Vermelha (HCV), no âmbito do Dia Mundial do Coração, que se assinala a 29 de setembro.
A cirurgia cardíaca minimamente invasiva permite o tratamento da maioria das doenças cardiovasculares através de mínimas incisões de entre quatro a sete centímetros, aproveitando, na maioria dos casos, o espaço existente entre as costelas ou a secção parcial do esterno.
Uma diferença para a cirurgia cardíaca convencional, que implica a abertura total do esterno, com incisões que podem chegar aos vinte e cinco ou mais centímetros.
As vantagens da cirurgia minimamente invasiva
Ainda quem nem todas as doenças cardiovasculares possam ser tratadas de forma minimamente invasiva e, como tal, de forma menos agressiva para o doente, são várias as que já permitem este tipo de abordagem, como as doenças valvulares, os tumores cardíacos, doenças coronárias, as doenças da aorta e algumas doenças cardíacas congénitas, entre outras.
“As vantagens para o doente são várias, como a redução significativa do tempo de internamento, a diminuição da necessidade de cuidados pós-operatórios e o retorno rápido à vida normal”, explica o médico de cirurgia cardiotorácica, ao mesmo tempo que enumera outras vantagens:
Para o doente, “a cirurgia minimamente invasiva permite uma recuperação mais rápida e com resultados iguais à técnica convencional, que implica sempre a abertura total do esterno e, portanto, maior invasão e agressão para o doente”.
Permite ainda uma redução do tempo de internamento, da necessidade de cuidados pós-operatórios e o retorno à vida normal, assim como uma redução significativa da taxa de transfusão de sangue e derivados, redução das infeções da ferida operatória e das complicações por arritmias cardíacas.