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Com sintomas menos comuns, mulheres têm piores resultados quando se trata das doenças cardiovasculares

doenças cardiovasculares

Mais de uma dúzia de estudos médicos de todo o mundo mostram que as mulheres sofrem piores resultados quando são diagnosticadas e tratadas para doenças cardiovasculares, uma das principais causas de morte em todo o mundo.

Isto porque, explicam Mahdi O. Garelnabi, professor da UMass Lowell, nos EUA, e os colegas, as mulheres apresentam sintomas adicionais de dor no peito não tradicionais, incluindo vómitos, dores no maxilar e dores abdominais. Se e quando estes sintomas passam despercebidos aos médicos ou aos próprios doentes, o diagnóstico e os tratamentos são atrasados.

“Encontrámos diferenças impressionantes entre homens e mulheres no diagnóstico de doenças cardiovasculares, no tratamento e nos sintomas”, afirma Garelnabi. “As mulheres tendem a ir para o hospital mais tarde do que os homens após o início dos sintomas e os médicos não estão a admitir as mulheres no hospital ao mesmo ritmo que os homens.”

A análise de 15 estudos de 50 países, incluindo o Brasil, China, Egito, Índia, países do Golfo Árabe e os EUA, que abrangeram as experiências de mais de 2,3 milhões de pessoas, salienta também que as taxas de ataques cardíacos entre as mulheres mais jovens estão a aumentar: subiram de 21% para 31% entre as mulheres com idades compreendidas entre os 35 e os 54 anos entre 1995 e 2014. Durante o mesmo período, a taxa para os homens aumentou apenas ligeiramente, de 30% para 33%.

“É alarmante o facto de as taxas de ataques cardíacos estarem a aumentar nas mulheres mais jovens”, alerta Garelnabi. “Os fatores de risco que são exclusivos das mulheres incluem a menopausa prematura, a endometriose e os distúrbios de hipertensão durante a gravidez.”

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