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Solidão faz aumentar o risco cardiovascular

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O que é que a solidão tem a ver com a saúde cardiovascular? Um novo estudo defende a existência de uma relação entre os dois. Mais, confirma que estar sozinho aumenta o risco de enfarte ou AVC.

Há muito que se fala numa relação entre saúde física e emocional, com os especialistas a garantir que uma não pode existir sem a outra. É o que confirma este novo estudo, publicado na revista científica Heart, que decidiu olhar para a forma como o isolamento social e a solidão afetam a saúde e verifica que não só o isolamento aumenta a probabilidade de um enfarte ou AVC, como faz também crescer o risco entre os que já têm antecedentes de problemas do coração.

Mas os investigadores quiseram saber mais. E, por isso, decidiram verificar que outros traços têm as pessoas que vivem mais isoladas e de que forma o risco cardiovascular atrás descrito pode ser atribuído às causas sociais. Para isso, inquiriram qualquer coisa como 480 mil adultos britânicos sobre a sua vida social, solidão, hábitos de vida e historial médico, registando ainda dados como o peso, altura ou índice de massa corporal dos participantes ao longo de sete anos.

Os resultados revelam que o risco cardiovascular é significativamente mais elevado entre os que vivem mais isolados, quando comparando com aqueles que levam uma vida mais acompanhada. O isolamento foi associado a um risco 43% superior de um primeiro enfarte e 39% superior de um AVC, enquanto a solidão faz crescer a probabilidade de um enfarte em 49% e de um AVC em 36%.

Números que mudam de figura quando à equação se juntam os outros dados, aqueles que têm a ver com a saúde e biologia. A leitura é outra: o isolamento faz aumentar o risco de enfarte em 7% e de AVC em 6% e a solidão faz subir o primeiro 6% e o segundo 4%.

Os especialistas acreditam, por isso, que manter uma vida social pode vir a salvar vidas.

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