A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) associa-se à campanha internacional da World Stroke Organization (WSO), cujo mote é “Seja Melhor Que o AVC”, incentivando os profissionais de saúde a realizarem ações de sensibilização de forma a aumentar o conhecimento da população sobre os fatores de risco para o AVC, sobretudo os modificáveis.
O Dia Mundial do AVC, que se assinalou no passado dia 29, é uma “oportunidade de reforçar a conscientização sobre o que é o acidente vascular cerebral, seus sinais e sintomas, quais os seus fatores de risco, e formas de prevenção e tratamento”, explica Liliana Pereira, embaixadora da SPAVC para esta data.
Sendo o AVC a principal causa de morte e incapacidade em adultos, em Portugal, a educação pública torna-se fundamental para ajudar a população a reconhecer e agir adequadamente. “Datas claramente definidas permitem que haja um esforço concertado de organizações, profissionais de saúde e aliados para divulgar as mensagens-chave e aumentar o conhecimento geral da população sobre o acidente vascular cerebral”, afirma a especialista em neurologia.
“Uma parte significativa da prevenção do AVC está nas mãos de cada um de nós”
É preciso aumentar o conhecimento da população sobre os fatores de risco para o AVC, nomeadamente aqueles que podem ser modificados pelas próprias pessoas ao adotarem estilos de vida saudáveis, com vista a reduzirem o seu risco individual.
Algo que “faz todo o sentido para a população portuguesa, porque vários destes fatores de risco, como a hipertensão arterial, o tabagismo, a dieta pouco saudável e a falta de atividade física, são frequentes no nosso país, indicando que podemos fazer melhor na promoção de estilos de vida mais saudáveis”, refere Liliana Pereira.
Acrescenta ainda que, “é verdade que Portugal enfrenta um envelhecimento da população, o que por si só está associado a um maior risco, e isso não pode ser mudado. Consequentemente, atuar sobre os fatores de risco que podem ser prevenidos é crucial e a ideia de que uma parte significativa da prevenção está nas mãos de cada um de nós é relevante para todos”.
A sensibilização da população para as consequências do a acidente vascular cerebral, o conhecimento consistente dos principais fatores de risco modificáveis (sedentarismo, obesidade, hipertensão arterial, tabagismo, fibrilhação auricular, diabetes e consumo excessivo de bebidas alcoólicas) e não modificáveis (fatores genéticos individuais, hereditariedade, idade, raça ou sexo) e os sinais de alerta (desvio da face, falta de força num braço, dificuldade em falar) são, desde sempre, uma prioridade da SPAVC. Além disso, esta organização considera imprescindível o reforço da mensagem de que, perante os sinais do AVC, só há uma forma correta de agir: ligar o 112, ativando a Via Verde do AVC.