Um estudo internacional, coordenado por especialistas da Universidade de Sevilha, não tem dúvidas: ter plantas em casa teve uma influência positiva no bem-estar psicológico. Foi assim durante o primeiro confinamento associado à COVID -19 e não há razão para não voltar a ser.
Este estudo, publicado na revista científica Urban Forestry and Urban Greening, avaliou o papel desempenhado pelas plantas em casa durante o primeiro confinamento a que a pandemia obrigou os espanhóis e não só. A situação dramática vivida entre os meses de março e junho privou o público da possibilidade de desfrutar dos espaços abertos e da natureza, obrigando-o a passar longos períodos de tempo no interior.
Os resultados deste trabalho confirmam que a alternativa aos passeios na natureza é… ter a natureza em casa. Ou seja, ter plantas em casa revela ter uma influência positiva no bem-estar emocional. Foi pelo menos isso que aconteceu no início do ano passado.
Mas não se limita a ser uma questão espanhola. Tal como a pandemia, que tem sido democrática, também a presença de plantas em casa é considerada positiva por 74% dos inquiridos neste estudo, dos mais de 4.200 entrevistados não só em Espanha, mas em 46 países diferentes.
De facto, mais da metade (55,8%) afirmou que preferia ter mais plantas em casa durante aquele período difícil. Aliás, a frequência com que os participantes do estudo sentiram emoções negativas foi mesmo maior entre aqueles que diziam não ter plantas de interior.
Os que viviam em habitações pequenas ou mal iluminadas e os que não visitavam os espaços verdes com frequência antes do confinamento sentiram também mais emoções negativas.
Além disso, pouco mais de metade dos entrevistados (52%) relataram passar mais tempo a cuidar das plantas em casa durante no confinamento e quase dois terços (62,5%) expressaram o desejo de o continuar a fazer assim que a normalidade fosse restaurada.
Como resultado, 40% dos participantes indicaram estar motivados a ter mais plantas em casa no futuro. Tudo em nome de um melhor bem-estar psicológico.