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Danos na retina podem indicar maior risco de AVC, demência e morte prematura

retina

As imagens da retina podem, num futuro próximo, fornecer sinais de alerta de que uma pessoa está em risco aumentado de AVC e demência, tornando possível tomar medidas preventivas, revela um estudo preliminar que será apresentado na Conferência Internacional do AVC, da American Stroke Association

Vários estudos já tinham demonstrado que as pessoas com retinopatia grave, danos no tecido sensível à luz na parte posterior do olho, têm maior probabilidade de ter um cérebro com aparência de doente em imagens de ressonância magnética.

“A retina é uma janela para o cérebro”, afirma Michelle P. Lin, principal autora do estudo e neurologista da Mayo Clinic Jacksonville, nos EUA.

“Uma foto da retina que mostra uma visão ampliada da parte de trás do olho, incluindo a retina e o nervo ótico, é mais barata e rápida de realizar do que uma ressonância magnética. Por isso, estamos a questionar se pode ser uma boa ferramenta de triagem para ver quem poderia beneficiar de um encaminhamento para um neurologista para uma ressonância magnética ao cérebro”, acrescenta.

Além do consultório do oftalmologista, as imagens da retina podem ser captadas por uma câmara de smartphone ou através de um adaptador de smartphone.

O que pode revelar a retina

Neste estudo, os investigadores examinaram a associação de retinopatia com acidente vascular cerebral, demência e o risco de morte em 5.543 adultos (idade média de 56 anos) que participaram, entre 2005 e 2008, no National Health and Nutrition Examination Surveys (NHANES), um inquérito anual nos Estados Unidos. Os participantes foram entrevistados sobre muitos aspetos do seu histórico médico e comportamentos de saúde e, além disso, foi feita uma imagem da retina para procurar sinais de retinopatia.

Em comparação com os participantes não diagnosticados com retinopatia, aqueles com retinopatia tinham mais de duas vezes maior probabilidade de terem tido um AVC; quase 70% mais probabilidade de terem demência e mais probabilidade de morrerem nos 10 anos seguintes, com cada aumento na gravidade da retinopatia a conferir um risco maior de morte.

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