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Hobbies podem ajudar a derrotar a depressão

hobbies contra a depressão

Na área da saúde mental, é cada vez maior a atenção dada aos benefícios de encaminhar os doentes para fontes de apoio não médicas na comunidade. A chamada “prescrição social”, que visa incentivar as pessoas a envolverem-se em atividades que vão ao encontro da adoção de novos hobbies, ganha cada vez mais adeptos. E um novo estudo confirma os seus benefícios na luta contra a depressão.

Música, desenho, artesanato, costura, carpintaria, modelagem… São muitas as atividades, às quais se juntam ainda ações de voluntariado que proporcionam apoio social, que estão associadas de forma positiva à saúde mental.

E destaca, um novo estudo, de entre estas os hobbies, que fornecem o envolvimento dos doentes, a auto-expressão, criatividade e relaxamento.

O trabalho, realizado por investigadores da University College London, avaliou a associação ao longo do tempo entre o envolvimento com hobbies e os sintomas depressivos manifestados mais tarde na vida.

Os dados vieram de 8.780 adultos com mais de 50 anos (idade média de 67 anos), participantes no Estudo Longitudinal Inglês do Envelhecimento, com medidas bienais de 2004/5 a 2016/17.

No início do estudo, 71,9% relataram ter um hobby ou passatempo, enquanto 15,6% se situavam acima do limiar para a depressão, medido através da Escala de Depressão do Center for Epidemiologic Studies.

Ao controlar todos os fatores que podiam interferir com os resultados, identificados no tempo, ter um passatempo foi associado a uma diminuição dos sintomas depressivos e a uma probabilidade 30% menor de depressão.

Os resultados foram consistentemente encontrados em homens e mulheres, estivessem estes livres de depressão ou já com sintomas depressivos.

Mais ainda, o estudo confirma que a adoção de um hobby se encontra associado à manutenção de níveis mais baixos de sintomas depressivos e um risco 32% menor de desenvolver depressão.

Para quem já a tinha diagnosticada no início do estudo e não tinham um hobby, a escolha de um passatempo foi associada a uma melhora nos sintomas depressivos e uma probabilidade 272% mais alta de recuperação.

No geral, os resultados do estudo vão ao encontro da prescrição social de hobbies como um complemento aos planos de cuidados existentes para os doentes.

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