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Guia para os perigos das plantas que enfeitam as festas natalícias

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É dos que abraça o espírito de Natal mergulhando de cabeça nas plantas natalícias e espalhando-as por toda a casa? Se sim, esteja atento aos conselhos partilhados pelos investigadores na edição de Natal da revista científica BMJ, que disponibilizam um guia para os potenciais perigos das plantas tradicionalmente associadas à época festiva.

Para ajudar os leitores a navegar neste assunto que pode ser literalmente espinhoso, primeiro compilaram uma lista de vegetação para investigação e, depois, examinaram cada planta tendo em conta o banco de dados do Serviço Britânico de Informações sobre Venenos (ToxBase), tendo aquelas que foram listadas como tóxicas sido investigadas em busca de evidências de danos.

As árvores de Natal (pelo menos as orgânicas) são felizmente consideradas seguras, com exceção de alguns casos de dermatite de contacto em trabalhadores com exposição excecionalmente elevada.

A hera é também uma planta de baixo risco, enquanto o azevinho precisa de ser pendurado com um pouco mais de cuidado, pois os seus frutos contêm saponinas, que podem causar dores de estômago, sonolência e até mesmo problemas de equilíbrio e fala (ataxia), se consumidos em grandes quantidades.

O visco pode ser fonte de dor e prazer, pois contém proteínas venenosas, uma das quais a ricina. A famosa canção sazonal de Cliff Richard, Mistletoe and Wine, é uma combinação particularmente desastrosa, alertam os autores.

Já o Algoz-das-Árvores, que os americanos chamam de Bittersweet, é uma beladona em que as bagas contêm glicoalcalóides solanina, cujos níveis elevados podem causar cólicas abdominais desagradáveis; já o teixo, usado para as coroas que dão as boas-vindas penduradas em muitas portas, tem uma reputação venenosa de longa data e foi usado como método de suicídio entre tribos celtas derrotadas na conquista da Gália por Júlio César.

As flores de Natal seguras para ambientes internos incluem espécies de catos de Natal e poinsétia (conhecida como Estrela de Natal), embora, para evitar irritação, os autores aconselhem manter a seiva longe os seus olhos.

No entanto, o mesmo não se pode dizer da rosa de Natal ou heléboro ornamental natalício, que contém compostos que podem alterar o ritmo cardíaco. 

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