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Papel das bebidas para desportistas deve ser manter a hidratação ideal

a importância da hidratação

As bebidas destinadas aos praticantes de atividades físicas devem “fornecer hidratos de carbono como fonte essencial de energia” e ser eficazes “na manutenção da hidratação ideal”, defende a Sociedade Espanhola de Medicina do Desporto (SEMED), numa nova declaração sobre o tema.

De acordo com o texto, a ingestão de líquidos com diferentes tipos de hidratos de carbono e eletrólitos “antes, durante e após a prática de exercício prolongado pode prevenir a desidratação, atenuar os efeitos da perda de líquidos na função cardiovascular e no desempenho durante o exercício”.

Pode ainda, acrescenta o mesmo documento, “atrasar e minimizar a fadiga muscular”, juntando-se aqui a capacidade de melhorar o sabor da bebida, favorecerem “o desejo de beber e exercerem um efeito reduzido, se não mesmo nulo, sobre o esvaziamento gástrico em concentrações que se situam entre 4% e 8%”.

Hidratos de carbono, ingrediente essencial

Há muito que as sociedades científicas europeias se debruçam sobre o tema. E, até agora, era consensual que a composição de bebidas para as pessoas que praticam atividade física intensa deviam proporcionar não menos de 80 kcal/l e não mais de 350 kcal/l.

Tinha já sido também definido que 75% destas bebidas deveriam ser provenientes de hidratos de carbono com um alto índice glicémico (glicose, sacarose e maltodextrinas).

O que este documento vem agora acrescentar é que esses hidratos de carbono não devem representar mais de 90 gramas por litro; no caso do sódio, não menos de 460 mg por litro (46 mg por 100 ml/20 mmol/l) e não mais de 1.150 mg por litro (115 mg por 100 ml/50 mmol/l).

As características deste acordo europeu coincidem com as estabelecidas no Regulamento (UE) n.º 432/2012, que estabelece uma lista de alegações de saúde permitidas sobre os alimentos, para além daquelas referentes à redução do risco de doenças e ao desenvolvimento e saúde das crianças.

Estas características baseiam-se nas já referidas pelo Comité Científico de Alimentação Humana da Comissão Europeia no seu relatório de 2001 sobre a composição e especificações de alimentos destinados a satisfazer os gastos de esforço muscular intenso (especialmente para desportistas masculinos e femininos).

Desportistas podem perder mais de três litros de líquidos por hora

A atenção vira-se para os desportistas porque, de acordo com a SEMED, “quando se realiza exercício físico, uma grande percentagem da energia produzida pela contração muscular é libertada em forma de calor, que deve ser eliminado rapidamente para evitar um aumento da temperatura do corpo acima de um nível crítico”.

Por esta razão, “o organismo ativa diferentes mecanismos projetados para dissipar o calor acumulado, dos quais o mais importante é o da transpiração”.

De facto, um atleta bem treinado e com uma preparação adequada, em condições ambientais de calor e humidade, pode perder “mais de três litros por hora de líquidos através da evaporação do suor”.

O documento conclui que “os dois elementos que mais contribuem para o desenvolvimento da fadiga durante o exercício físico são a diminuição dos hidratos de carbono armazenados no organismo na forma de glicogénio e o aparecimento de desidratação pela perda de água e eletrólitos através do suor, cuja reposição é essencial para restabelecer a homeostase”.

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