São 30 milhões de euros a verba que a Roche tem para investir em ensaios clínicos em Portugal este ano e no próximo. Um investimento que, segundo a companhia Suíça, é superior ao de anos anteriores (cerca de 10 milhões por ano).
Com cerca de 60 ensaios clínicos a decorrer neste momento, que envolvem 25 hospitais e mais de 500 profissionais de saúde, a farmacêutica decidiu assinalar o Dia Internacional do Ensaio Clínico com o debate: ‘O que levamos para o futuro nos Ensaios Clínicos?’, tema do webinar que se realiza esta terça-feira (dia 19), às 17h30, com transmissão em direto no site da Roche.
Um evento virtual, que vai reunir investigadores e peritos num debate e partilha de experiências sobre a condução de ensaios clínicos em tempos de Covid-19 e as aprendizagens para o futuro.
Questões sobre a adaptação em tempos de pandemia, as aprendizagens retiradas dessa adaptação e o “novo normal” nos ensaios clínicos serão alvo de debate, numa sessão pública que pretende ajudar a refletir sobre uma área tão importante do setor da saúde.
Investimento nos ensaios clínicos
Nos últimos cinco anos, a Roche confirma que foram 25 as moléculas investigadas, em 15 áreas terapêuticas diversas, da oncologia à hemofilia, passando pelo Alzheimer ou Esclerose Múltipla, que envolveram cerca de 700 doentes.
Ensaios que têm como objetivo central e primordial potenciar o aumento da qualidade e de tempo de vida dos doentes, como é disso exemplo o contributo das novas terapêuticas para o declínio nas taxas de mortalidade por cancro: desde o seu pico, em 1991, e até 2011, estas taxas caíram mais de 20% em várias regiões do mundo.
Mas os ensaios clínicos são também geradores de valor, permitindo poupanças ao próprio Serviço Nacional de Saúde (SNS): um investimento anual por parte da Roche de 15 milhões de euros em ensaios clínicos tem uma poupança, estimada para o SNS, de cerca de cinco milhões de euros.
Um investimento que se traduz ainda no desenvolvimento científico dos profissionais de saúde, no estabelecimento de redes de investigação, nacionais e internacionais, na geração de evidência e de conhecimento científico na área terapêutica, com benefício também para futuros doentes, na retenção de talentos, redução da despesa pública, criação de emprego e atração de investimento.