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Mitos e a realidade associada a defeitos congénitos

Defeitos congénitos

Para algumas famílias, os nove meses de espera antes da chegada de um novo bebé são um misto de alegria e antecipação; para outras, a ansiedade e preocupação falam mais forte que quaisquer outros sentimentos, misturando-se com o receio de defeitos congénitos. John Dougherty, vice-presidente do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Penn State Health Milton S. Hershey Medical Center, nos EUA, esclarece alguns mitos associados a este tipo de problemas.

“No geral, se a pessoa se mantiver saudável e seguir as orientações do obstetra, ficará bem”, afirma. Isso não significa, no entanto, que deva encarar os defeitos congénitos de forma leviana. Nem todos são evitáveis ​​e alguns podem apenas ser visíveis no momento em que a criança nasce ou ainda mais tarde.

Mas há muita desinformação e verdades incompletas sobre defeitos congénito, alerta o médico, que aconselha sempre, em caso de dúvidas, a esclarecê-las com um especialista.

Mito: Os defeitos congénitos são causados ​​apenas pela hereditariedade.
Verdade: “Não há verdade alguma nisso”, afirma. Embora ter alguém na família com um defeito congénito seja um fator de risco, outros fatores externos podem entrar em jogo, como fumar, beber álcool ou tomar certas drogas durante a gravidez, assim como alguns medicamentos, entre vários outros.

Mito: Alimentos picantes podem causar defeitos congénitos.
Verdade: Um prato picante por si só não causará problemas, confirma o médico. No entanto, a dieta deve ser cuidada e alguns alimentos estão infetados com bactérias podem afetar a saúde do feto, pelo que se deve informar sobre os alimentos a evitar.

Mito: Chocolate fora da dieta
Verdade: O chocolate pode ficar, mas atenção à ingestão de açúcar.

Mito: Banhos quentes não
Verdade: Encher a banheira e tomar um banho de imersão com água quente costuma ser “geralmente bom”, refere Dougherty. Embora seja verdade que forças externas podem elevar a temperatura corporal a temperaturas extremamente altas, o que pode, em casos raros, ser inseguro para o feto, não é o caso de um banho quente.

No entanto, quando se trata de banheiras de hidromassagem ou saunas que aumentam um pouco a temperatura, “ainda não há um esclarecimento completo”, reforça.

Mito: Pintar o cabelo está fora de questão
Verdade: “Há preocupação com a exposição química em geral”, afirma, “Algumas tintas de cabelo contêm produtos químicos que podem penetrar na pele” e, embora a maioria dos tratamentos capilares sejam considerados seguros, a American Pregnancy Association recomenda tintas à base de vegetais ou, melhor ainda, esperar até à chegada do bebé.

Mito: É seguro fumar um pouco ou beber um copo de vinho durante a gravidez, desde que não beba muito
Verdade: “As atitudes em relação a isso mudaram”, afirma Dougherty. “Há cerca de 30 anos, os médicos pregavam moderação. Hoje, o pêndulo oscilou para a abstinência, considerando o que está em jogo”, ou seja, o risco de defeitos congénitos e outros problemas.

 

Crédito imagem: ​freestocksn (Unsplash)

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