Estima-se que cerca de 70% da população portuguesa vai sofrer de dor de costas em algum momento da sua vida. No caso de uma destas dores persistir há mais de três meses é aconselhável uma consulta com um especialista, uma vez que são cada vez mais as opções seguras e confortáveis para o seu tratamento, aconselha Miguel Cordeiro, especialista em neurorradiologia do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HCV).
O especialista fala a propósito da primeira reunião do HCV com foco nas principais técnicas minimamente invasivas para o tratamento da coluna, da qual é membro da comissão organizadora, agendada para o próximo dia 7 de dezembro, pelas 9h00, no Auditório dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa.
“As causas estruturais de dores da coluna mais comuns são discopatia, onde encontramos a hérnia discal; síndrome facetário, associado a artroses; disfunção sacroilíaca e fraturas. Estas patologias podem ser controladas com técnicas muito seguras e eficazes atualmente”, refere o especialista.
Formas minimamente invasivas de tratar a dor nas costas
Portugal está posicionado no 12º lugar dos melhores cuidados de saúde no mundo. “Na área da coluna, o panorama é igualmente motivador”, refere Miguel Cordeiro.
“O tratamento das dores da coluna é, normalmente, realizado com fármacos ou com fisioterapia mas caso este falhe, é aconselhado o recurso a técnicas minimamente invasivas, como a nucleoplastia com laser para a hérnia discal; rizotomias com radiofrequência para a nevralgia do trigémio, artroses da coluna e sacroilíacas; e cimentoplastia para as fraturas vertebrais. Técnicas inovadoras que permitem uma melhor qualidade de vida. E é sobre estas técnicas mais inovadoras que nos vamos focar na reunião do HCV”, conclui.
Luigi Manfrè (Itália), Kieran Murphy (Toronto), Majid Khan (EUA), e David Noriega (Espanha), são alguns dos oradores presentes na reunião, de acesso gratuito, destinada a todos os profissionais das áreas de anestesiologia, neurorradiologia, neurocirurgia, cirurgia ortopédica, fisiatria e clínica geral.
