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Stress e problemas psicológicos custam às empresas 5,3 mil milhões de euros por ano

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Os riscos psicossociais, entre os quais os stress, e a falta de saúde psicológica no trabalho têm custos humanos, aos quais se junta o impacto na sociedade e na economia, com uma perda de produtividade devida ao absentismo e ao presentismo (presença no local de trabalho sem que haja, no entanto, produtividade, pelo facto de os trabalhadores funcionem abaixo das suas capacidades) que pode custar às empresas portuguesas até €5,3 mil milhões por ano (o equivalente ao que o Governo gastou em 2021 em medidas para mitigar os impactos da pandemia de COVID-19), avança um relatório da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

O mesmo estudo estima que, em Portugal, as pessoas faltem ao trabalho, devido ao stress e a problemas de saúde psicológica, até oito dias por ano, podendo o presentismo ir até aos 15,8 dias.

“No total, a perda de produtividade pode custar às empresas portuguesas até 1,4% do seu volume de negócios”, lê-se no documento, que defende que a prevenção e a promoção da saúde psicológica e do bem-estar nas empresas nacionais podem reduzir as perdas de produtividade pelo menos em 30% e, portanto, “resultar numa poupança de cerca de 1,6 mil milhões de euros por ano”.

“O sucesso e a sustentabilidade das organizações passam imperiosamente pelo investimento na construção de Locais de Trabalho Saudáveis, criadores de Saúde Psicológica e bem-estar, nomeadamente através da avaliação, prevenção e intervenção nos Riscos Psicossociais que afetam o trabalho e os trabalhadores/as.”

Em 2022, a Organização Mundial de Saúde dava conta que, a nível global, cerca de 15% das pessoas adultas em idade ativa vão ter um problema de saúde psicológica em algum momento das suas vidas, com a estimativa do custo destes problemas para a economia global a chegar, segundo a mesma fonte, a um trilião de euros.

Por cá, os dados de um Eurobarómetro realizado em 2022 revelavam que os problemas de saúde psicológica mais comuns (stress, depressão ou ansiedade) afetaram quase dois em cada cinco trabalhadores (33%) no último ano devido ao trabalho, uma
prevalência acima da média da União Europeia (27%).

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