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Uma em cada 3 pessoas sofre diarreia na sequência da toma de antibióticos

diarreia

A diarreia é uma complicação frequente durante a toma de antibióticos, podendo surgir até dois meses após o fim do tratamento. De forma a prevenir e sensibilizar a população para estas alterações do equilíbrio da microbiota intestinal, as farmácias comunitárias, de norte a sul do País, promovem a campanha “Um antibiótico nunca vem só”.

Os antibióticos são aliados de peso no combate aos microrganismos responsáveis pelas infeções bacterianas. Contudo, este tratamento pode alterar o equilíbrio da microbiota intestinal e provocar efeitos indesejados, uma vez que tem funções muito importantes no organismo, tais como ajudar na digestão dos alimentos; favorecer a absorção de minerais, como o magnésio, cálcio e ferro; auxiliar no bom funcionamento do aparelho digestivo e no sistema imunitário.

“Devido ao avançar da ciência sabemos atualmente que a microbiota pode ter um grande impacto quer na saúde, quer na doença. Uma vez que, os antibióticos são um dos fatores que desequilibram a microbiota, mas que facilmente podemos contornar, através da toma concomitante de um probiótico”, explica Filipa Horta, nutricionista.

A diarreia é a consequência mais visível a curto prazo, sendo que um em cada três doentes sofre de diarreia e todos têm um desequilíbrio na microbiota intestinal, com consequências a longo prazo, como o síndrome do intestino irritável, a obesidade, entre outras.

“Os profissionais das farmácias, através de um aconselhamento personalizado, vão ajudar os seus utentes a prevenir e tratar a diarreia associada à toma de antibióticos. Estamos cientes que muitos deles não reconhecem a diarreia como um dos principais efeitos decorrentes da toma de antibióticos, até porque esta situação nem sempre ocorre em simultâneo com o tratamento”, explica Ana Sofia Ramos, farmacêutica e responsável pela implementação deste projeto nas Farmácias Holon.

Os efeitos secundários da toma de antibióticos vão para além do perigo da diarreia, uma vez que também podem promover o abandono da terapêutica por parte dos doentes, aumentando assim o risco de proliferação de estirpes resistentes aos antibióticos.

“A diarreia e a candidíase são os sinais mais visíveis e reconhecidos, mas há muitas consequências a longo prazo para as quais também temos o dever de alertar e prevenir. Cientes da crescente evidência científica quanto ao papel da microbiota em numerosas doenças, o papel dos profissionais de farmácia é fundamental para sensibilizar os utentes para estas questões”, conclui Filipa Horta.

A Campanha “Um antibiótico nunca vem só” está a ser promovida pelas Farmácias Holon, em parceria com a Biocodex.

Para travar a diarreia

Há formas não farmacológicas que podem ajudar a travar a diarreia. São elas:

– promoção de hábitos de higiene – lavar as mãos antes das refeições, antes de preparar alimentos e depois de usar a casa de banho;

– recomendação de dieta – refeições pequenas e frequentes, ricas em micronutrientes e energia, pobres em fibras vegetal e gordura;

– ingestão de água – muito importante para prevenir situações de desidratação.

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