De acordo com os dados divulgados pelo IPO Lisboa, em 2019, esta unidade de saúde realizou 236 estudos observacionais e 71 ensaios clínicos, que envolveram 394 doentes.
De acordo com a mesma fonte, a maioria dos ensaios clínicos decorreu nas áreas da hematologia, das patologias da pele e anexos, pulmão, pleura e mama. A pediatria, neurologia, urologia, gastrenterologia e cabeça e pescoço também mantiveram ensaios clínicos em curso. No seu conjunto, os ensaios clínicos envolveram 394 doentes.
A maioria, refere o relatório, “continua a ser da iniciativa da indústria (77%, +12% que no ano anterior), ainda que nove destes sejam de iniciativa académica com suporte por parte da indústria”. No ano passado, o número de ensaios clínicos ativos voltou a subir (+3%), nomeadamente de Fase II (+2%) e de Fase IV (+1%).
Quanto aos estudos observacionais, em 2019, destacam-se os de âmbito académico e clínico, sendo as áreas mais estudas sido as do trato digestivo, hematológico genital e mama.
No que respeita a publicações científicas e participações em congressos, as patologias hematológica, endócrina, da cabeça e pescoço, do trato digestivo e genital foram as áreas com maior número de artigos publicados, que em 2019 assistiram a uma ligeira quebra (6%). Quanto a capítulos de livros, destaque para os sarcomas das partes moles e osso.
Carla Pereira, especialista do Centro de Investigação do IPO Lisboa, considera que “podemos dizer que a investigação científica atingiu uma fase plateau, com indicadores globalmente idênticos aos do ano anterior, o que reflete a natureza cíclica dos projetos em curso e já terminados e a sua relação com os indicadores de produção. Espera-se que o aumento do número de projetos registado em 2019 venha a traduzir-se por um aumento da produção científica nos próximos dois a três anos”.