
Investigadores da Universidade de Bergen, Noruega, encontraram um novo método que, em apenas algumas horas, pode prever se certos doentes com cancro sobreviverão ou não após o tratamento de quimioterapia.
A leucemia mieloide aguda é um cancro do sangue agressivo com níveis de sobrevivência reduzidos. Apesar das elevadas taxas de resposta inicial à quimioterapia, os doentes sofrem recaídas frequentemente devido à seleção e desenvolvimento de células leucémicas resistentes a esta forma de tratamento.
“Ao tratar pessoas com leucemia, é um desafio perceber rapidamente se o doente está ou não a responder à terapêutica”, diz Benedicte Sjo Tislevoll, investigador da Universidade de Bergen e líder do novo estudo.
A resposta aos tratamentos é atualmente medida após semanas a meses de realização do mesmo, perdendo-se assim tempo importante. Contudo, uma resposta imediata à quimioterapia pode ser medida através da investigação das propriedades funcionais das células leucémicas.
“Os nossos resultados mostram que a proteína ERK1/2 aumenta nas primeiras 24 horas de quimioterapia em doentes que têm uma resposta deficiente à terapêutica. Acreditamos que esta proteína é responsável pela resistência das células cancerígenas à quimioterapia e pode ser utilizada para distinguir os que respondem dos que não respondem”, diz o investigador.
“Pensamos que esta é uma chave importante na nossa compreensão do cancro, e o nosso objetivo é utilizar esta informação para mudar precocemente o tratamento de pessoas que não estejam a responder ao tratamento”, conclui.