Os fumadores franceses vão ter que abrir (ainda mais) os cordões à bolsa, pelo menos a julgar pelas medidas anunciadas recentemente, que dão conta da intenção do aumento, até 2020, do preço de um maço de tabaco para dez euros.
Um valor que, de acordo com os especialistas, faz todo o sentido. É que, uma medida que afeta a carteira costuma ser mais eficaz, sobretudo entre a população mais jovem.
A organização Mundial de Saúde é a primeira a defender o aumento do preço como medida de luta contra o tabagismo, considerando-a das mais eficazes nesta batalha.
E avança com números para dar corpo a esta teoria: um aumento de 25% do preço traz consigo uma redução de 7% no número de fumadores, que pode chegar aos 14% a longo prazo. Aqui, junta outros números: menos 1.855 mortes associadas ao tabaco.
Maços de tabaco nacionais custam menos de cinco euros
Por cá, onde de acordo com o relatório “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo 2017”, referente a 2016, uma pessoa morreu a cada 50 minutos por doenças atribuíveis ao tabaco, o preço de um maço ronda os cinco euros.
De acordo com a mesma fonte, do total de mortes no país associadas aos cigarros, que correspondem a 10,6% da mortalidade nacional, 16,4% eram homens (9.263 ), enquanto 4,7% eram mulheres (2.581).
Mas há outros números que confirmam que o tabagismo sai caro. Em 2016, cerca de 11.800 pessoas morreram por doenças atribuíveis ao tabaco.
No mesmo ano, o tabaco foi responsável por 46,4% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crónica, 19,5% das mortes por cancro, 12% das mortes por infeções respiratórias do trato inferior, 5,7% das mortes por doenças cerebrovasculares e 2,4% das mortes por diabetes.