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Especialistas trabalham em novas formas de detetar o melanoma

melanoma

Novos biomarcadores para melhorar a deteção do cancro da pele e evitar atrasos no tratamento estão a ser desenvolvidos por investigadores da Universidade da Austrália do Sul (UniSA).

Mais de 90% dos casos de melanoma, a forma mais grave de cancro da pele, podem ser tratados com sucesso se o cancro for detetado precocemente. Mas o que acontece quando tal não se verifica?

Milhares de lesões cutâneas são diagnosticadas incorretamente todos os anos, atrasando o tratamento e colocando vidas em risco, refere Giang Lam, especialista daquela universidade, num novo artigo publicado na revista científica Molecular Diagnosis and Therapy.

“Os melanomas exibem uma vasta gama de tamanhos, formas e crescimento, que podem assemelhar-se a numerosas lesões benignas e outras lesões de pele malignas”, diz Giang.

“Pode tornar a deteção precisa difícil, mesmo para dermatologistas e patologistas especializados. Os atuais marcadores utilizados na prática clínica para identificar células cancerígenas e distingui-las das células normais nem sempre são sensíveis ou específicos”, o que faz com que os melanomas sejam, por vezes, esquecidos, algo que “pode ter consequências fatais”.

Giang e Jessica Logan, investigadora na unidade de Ciências Clínicas e da Saúde da UniSA, estão a identificar novos métodos de deteção baseados em marcadores anormais no sistema endossomo, que sinalizam o crescimento do melanoma.

“Com os melanomas, este sistema é hiperativado e desempenha um papel importante na iniciação dos melanomas e no encorajamento do seu crescimento. Ao desenvolver marcadores que podem rotular estas células numa cor castanha escura, permitirá que os patologistas sejam 100% precisos”, acrescenta.

“A nossa investigação centra-se principalmente no desenvolvimento de biomarcadores mais eficazes para o melanoma, mas também na compreensão da forma como a doença progride e das múltiplas causas”, explica Logan.

“O sol e os danos UV subsequentes são sobretudo responsáveis pela causa do cancro de pele, pelo que o uso de protetor solar e o controlo regular da pele é uma necessidade, mas a genética também desempenha um papel importante. Se alguns membros da sua família têm cancro de pele, também tem uma maior probabilidade de contrair a doença”, refere.

Os investigadores esperam progredir para ensaios clínicos biomarcadores nos próximos anos.

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