Só quem partilha a noite com quem o faz é que pode entender o que significa ressonar e o impacto que pode ter. Mas mais do que apenas um incómodo, pode esconder problemas de saúde potencialmente graves. A boa notícia é que há formas de reduzir o ronco.
“Embora o ressonar atrapalhe os parceiros de cama e possa causar frustração num relacionamento, também pode ser um indicador de um problema sério de saúde”, afirma Kelly A. Carden, presidente da Academia Americana de Medicina do Sono.
“O ronco é um sintoma comum da apneia obstrutiva do sono, uma doença crónica que envolve o colapso repetido das vias aéreas superiores durante o sono. Quando a apneia do sono não é tratada, pode aumentar o risco de doenças cardíacas, pressão alta, diabetes tipo 2, AVC e outros problemas de saúde”, acrescenta.
Para o evitar, a Academia Americana de Medicina do Sono deixa algumas dicas para quem ronca ocasionalmente.
A perda de peso é uma delas. É que os quilos a mais podem contribuir para piorar o ressonar e levar mesmo à apneia obstrutiva do sono.
O que significa que, para algumas pessoas, perder os quilos em excesso pode ajudar a reduzir ou eliminar o ronco. A perda de peso deve ser uma prioridade se quem ressona tiver excesso de peso ou obesidade.
E se o ressonar não parar…
Para alguns, o ressonar manifesta-se sobretudo quando a posição preferida para dormir é de costas. Mudar de posição pode ser uma forma de reduzir o ronco. O melhor mesmo é, dizem os especialistas, deitar-se de lado.
Evitar as bebidas alcoólicas, os relaxantes musculares e certos medicamentos, que podem relaxar os músculos da garganta ou da língua, provocando o ressonar, é outras das dicas, mas os médicos consideram que, se o ronco for muito alto e frequente, o melhor mesmo é conversar com um médico sobre o risco de apneia obstrutiva do sono ou procurar ajuda de alguém especializado neste tema.