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Consumo de fibra associado a um menor risco de cancro da mama

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O consumo de uma dieta rica em fibras tem sido associado a uma melhoria da saúde a vários níveis. Um novo estudo garante agora que tem também impacto na incidência e risco de cancro da mama.

Publicado na revista científica CANCER, uma publicação da American Cancer Society, este trabalho quis perceber de que forma a ingestão de fibra pode estar associada a este tipo de cancro, uma vez que vários estudos anteriores tinham dado origem a resultados inconsistentes no que diz respeito a uma potencial associação entre alimentação rica em fibra e cancro da mama.

Maryam Farvid, especialista da Harvard T.H. Chan School of Public Health, e os colegas analisaram todos os estudos prospetivos relevantes publicados até julho de 2019 sobre este tema.

Destes, foram escolhidos 20 estudos observacionais, cujos dados permitiram verificar que os indivíduos com o maior consumo de fibra apresentavam um risco 8% menor de cancro da mama.

“A fibra solúvel foi associada a um menor riscos de cancro da mama e uma maior ingestão total de fibras foi associada a um menor risco em mulheres na pré e na pós-menopausa”, mostra este trabalho.

Os especialistas não têm, por isso, dúvida que “fatores associados ao estilo de vida, como práticas alimentares que podem ser alteradas, têm a capacidade de afetar o risco de cancro da mama”, explica a investigadora.

“Estas descobertas fornecem evidências, resultantes de estudos, que vão ao encontro das diretrizes alimentares da American Cancer Society, enfatizando a importância de uma dieta rica em fibras, incluindo frutas, vegetais e grãos integrais”, acrescenta.

Ainda assim, os especialistas deixam a ressalva: estes resultados não demonstram que a fibra alimentar reduz diretamente o risco de cancro da mama. Confirma, isso sim, uma relação entre a ingestão da primeira e o risco do segundo, sendo necessário um ensaio clínico para testar essa causa e efeito.

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