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Taxas de vacinação podem cair durante a pandemia, criando futuros surtos de doenças

vacinação durante a pandemia

A preocupação dos pais, que tem afastado os filhos das idas ao médico durante a pandemia de COVID-19, está a criar receio de que possam também ter ignorado a vacinação, essencial para a proteção dos mais pequenos e um gesto que pode contribuir para surtos de doenças.

A pandemia da COVID-19 mostra-nos que as doenças infecciosas não conhecem fronteiras. Todos os países são vulneráveis, independentemente dos níveis de rendimento ou da força dos seus sistemas de saúde. E a necessidade urgente de uma vacina para a COVID-19 revela o papel central da vacinação na proteção de vidas e economias, revela a Organização Mundial da Saúde (OMS) em comunicado.

Quando as vacinas de rotina não são dadas, o risco de surtos de doenças aumenta, acrescenta a OMS, que recorda alguns dados importantes: em 2018, cerca de 527.000 crianças não levaram a primeira dose da vacina contra o sarampo na Europa.

Um ano depois, em 2019, o vírus do sarampo expôs lacunas de imunidade no Velho Continente, infetando mais de 100.000 pessoas em todas as faixas etárias.

Ou seja, proteger crianças, adolescentes e adultos contra doenças que podem ser prevenidas através da vacinação é uma obrigação para a sustentabilidade dos sistemas de saúde.

“Sabemos que a vulnerabilidade a doenças infecciosas em qualquer lugar é uma ameaça à saúde pública em todos os lugares”, afirma Afshan Khan, diretora da UNICEF para a Europa e Ásia Central.

“É fundamental que os programas rotineiros de imunização continuem durante esta crise, protegendo adequadamente os profissionais de saúde e os indivíduos que recebem vacinas. Alcançar as crianças mais vulneráveis ​​que perderam imunizações de rotina no passado deve ser prioridade”, alerta.

Países devem apoiar vacinação, apela OMS

Se, nestes tempos sem precedentes, as medidas locais de resposta à COVID-19 causarem interrupções temporárias na rotina da vacinação, os países devem planear retomar os mesmos o mais rápido possível após a estabilização da situação, refere a OMS.

Devem estar preparados para vacinar aqueles em maior risco e garantir que todos, incluindo os mais marginalizados, tenham acesso igual à vacina COVID-19 quando esta estiver disponível.

“Podemos evitar um maior impacto da COVID-19 nos nossos sistemas de saúde, garantindo que indivíduos de todas as idades permaneçam vacinados de acordo com os cronogramas nacionais. Peço aos países que mantenham a prestação de serviços de imunização e direcionem a procura pelas vacinas, ao longo da vida, mesmo neste momento difícil”, reforça Hans Henri P. Kluge, Diretor Regional da OMS para a Europa.

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