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Impressora de alimentos 3D reduz o desperdício e aumenta a criatividade na cozinha

impressora 3D

A Natural Machines, uma empresa de Barcelona, ​​desenvolveu o primeiro eletrodoméstico baseado na tecnologia de impressão 3D. O Foodini, uma impressora 3D, imprime… comida.

Os irmãos do restaurante Cocina Hermanos Torres, com estrelas Michelin, introduziram a impressora de alimentos 3D na sua cozinha para preparar pratos criativos que seriam impossíveis de fazer à mão, indo ainda ao encontro dos processos sustentáveis ​​do restaurante, já que permite que criem pratos com desperdício zero.

Não apenas os restaurantes, mas também as cozinhas domésticas poderão beneficiar da tecnologia em breve.

Hoje, os chefs do Hermanos Torres, Javier e Sergio, ‘imprimem’ cerca de 100 pratos por dia. Preparam a comida para impressão, colocam-na nas cápsulas Foodini e imprimem nas formas desejadas.

Foodini é um aparelho de cozinha conectado por WiFi IoT (Internet of Things) e inclui uma app, com designs pré-carregados. Os clientes podem também ‘desenhar’ as suas próprias criações, guardá-las e imprimir novamente.

impressora 3D
Espiral de trufas dos Hermanos Torres

De acordo com os Hermanos Torres, o dispositivo 3D permite a criação de refeições visualmente atraentes, que seriam impossíveis de criar à mão. E ajuda-os ainda a cozinhar de forma sustentável.

“Cozinhar sem resíduos é uma parte fundamental da nossa cozinha”, afirma Sergio Torres. “Aproveitamos todas as partes da comida, o que nos dá novas oportunidades em termos de sabor e textura. Por exemplo, de um peixe, usamos a pele, as espinhas e obviamente a carne”, acrescenta Javier Torres.

Impressora 3D reduz desperdício

A impressora 3D de alimentos é atualmente usada em cozinhas profissionais, mas Lynette Kucsma, cofundadora da Natural Machines, acredita que tem lugar nas nossas casas.

“Acreditamos que em 10 a 15 anos, as impressoras 3D de alimentos se vão tornar lugar-comum nas cozinhas domésticas e profissionais, tal como o forno ou micro-ondas são eletrodomésticos comuns nas cozinhas de hoje. A impressora permitiria que as pessoas se tornassem fabricantes de alimentos.”

Estima-se que, na União Europeia, 20% do total de alimentos produzidos são perdidos ou desperdiçados. As tecnologias alimentares, como a Foodini, ajudam a resolver este problema.

Em vez de fabricar num local central e enviar o produto final, o eletrodoméstico de minifabrico incentiva a produção local e a personalização dos ingredientes, por exemplo, usando todos os alimentos, incluindo aqueles com aparência imperfeita. 

Foodini pode também ajudar os utilizadores a preparar alimentos saudáveis, pois podem determinar as quantidades, por exemplo de sal ou açúcar.

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