Permitir aos doentes recuperar de uma doença aguda em casa, ao mesmo tempo que continuam a receber cuidados hospitalares, é o objetivo de uma estratégia de hospitalização domiciliária lançada pelo Governo. O que significa que 23 hospitais públicos vão passar a ter hospitalização domiciliária no próximo ano.
De acordo com o Ministério da Saúde, a hospitalização domiciliária é uma prática recente em Portugal, encontrando-se apenas desenvolvida em pleno numa instituição, o Hospital Garcia de Orta, que foi o primeiro em Portugal a ter uma unidade de hospitalização domiciliária.
Este é um modelo usado em vários países, com vantagens, como evitar infeções hospitalares multirresistentes ou reduzir os custos de internamento.
É, de facto, uma alternativa ao internamento convencional, “proporcionando assistência contínua e coordenada aos cidadãos”, mas desde que estes concordem e cumpram um conjunto de critérios clínicos, sociais e geográficos que permitem a sua hospitalização em casa, sob a responsabilidade dos profissionais de saúde que constituam uma Unidade de Hospitalização Domiciliária.
Acesso a medicamentos como no hospital
Os hospitais que tiverem financiamento para constituir unidades domiciliárias terão de assegurar a atividade assistencial até final de março de 2019.
Serão unidades que vão funcionar 24 horas por dia, 365 dias por ano, com apoio médico e de enfermagem em permanência e prevenção à noite. O doente que esteja hospitalizado no domicílio terá acesso aos medicamentos exatamente como se estivesse internado no hospital.
Até final deste ano, as administrações regionais de saúde devem apresentar um plano de alargamento destas unidades nos restantes hospitais e que deve ser executado até junho de 2019, cabendo à Direção-geral da Saúde criar uma norma que defina a lista de doenças que podem ser elegíveis para a hospitalização domiciliária e os critérios de inclusão ou exclusão de doentes.