Se acha que ter rotinas na hora de dormir é só uma coisa para os mais pequenos, pense novamente. O “faz o que eu digo mas não faças o que eu faço” tem um preço para os adultos, garante um novo estudo, que confirma que não bastam as oito horas de sono diárias para ter corpo e mente sãos. É preciso também um horário regular.
O custo de não o fazer é pago pela saúde cardíaca e metabólica, sobretudo entre os adultos mais velhos.
Investigadores do Duke Health e do Duke Clinical Research Institute analisaram 1.978 adultos idosos e verificaram que as pessoas com padrões de sono irregulares pesavam mais, tinham mais açúcar no sangue, pressão arterial mais alta e um risco superior de enfarte ou acidente vascular cerebral num período de 10 anos do que aqueles que dormiram e acordaram todos os dias à mesma hora.
Os primeiros eram ainda mais propensos a relatar depressão e stress do que os restantes.
Horário de sono ajuda a identificar risco
“A partir do nosso estudo, não é possível concluir se a irregularidade do sono resulta em riscos para a saúde ou se são as condições de saúde que afetam o sono”, explica Jessica Lunsford-Avery, professora assistente em psiquiatria e ciências comportamentais e autora principal do estudo. “Talvez estas coisas todas estejam a ter impacto umas nas outras.”
Ainda assim, os dados sugerem que fazer o horário do sono pode ajudar a identificar pessoas em risco de doença.