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São já mais de 1.700 os espaços públicos no País com desfibrilhadores

desfibrilhadores no País

Centros comerciais, aeroportos, estações ferroviárias, de metro e de camionagem, recintos desportivos e de lazer. São cada vez mais os espaços que, em Portugal, dispõem de desfibrilhadores automáticos externos. Contas feitas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), existem atualmente no Continente 1.736 espaços públicos com estes dispositivos e mais de 19 mil pessoas formadas em Suporte Básico de Vida e e capazes de utilizar estes equipamentos. 

De resto, ainda de acordo com a mesma fonte, 2018 foi o ano em que se licenciaram mais Programas de Desfibrilhação Automática Externa para utilização de desfibrilhadores, 403 no total, desde a criação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa, em 2009.

“O número de espaços públicos tem vindo a aumentar de forma progressiva ao longo dos últimos anos, denotando a aplicação da legislação em vigor, designadamente do Decreto-Lei 184 de 2012, que veio tornar obrigatória a instalação de equipamentos de Desfibrilhação Automática Externa em determinados locais de acesso público, nomeadamente nos estabelecimentos comerciais de dimensão relevante”, lê-se no comunicado do INEM.

Uso de desfibrilhadores pode salvar vidas

De acordo com a lei, é obrigatória a existência destes equipamentos em estabelecimentos de comércio a retalho, isoladamente considerados ou inseridos em conjuntos comerciais, que tenham uma área de venda igual ou superior a 2000 m2, conjuntos comerciais que tenham uma área bruta locável igual ou superior a 8000 m2;, aeroportos e portos comerciais, estações ferroviárias, de metro e de camionagem, com fluxo médio diário superior a 10 000 passageiros e recintos desportivos, de lazer e de recreio, com lotação superior a 5000 pessoas.

Recorde-se que a morte súbita cardíaca é causada por uma arritmia cardíaca chamada fibrilhação ventricular, que impede o coração de bombear o sangue.

O único tratamento eficaz para a fibrilhação é a desfibrilhação elétrica, que consiste na administração de choques elétricos ao coração parado, possibilitando que o ritmo cardíaco volte ao normal.

Nestes casos, a probabilidade de sobrevivência é tanto maior quanto menor for o tempo decorrido entre a fibrilhação e a desfibrilhação.

A experiência internacional demonstra que em ambiente fora do hospital, a utilização de desfibrilhadores por pessoal não médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas.

“Ser reanimado é um direito e saber reanimar é um dever cívico”, reforça o INEM. 

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