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Vacinas de mRNA COVID seguras para pessoas com insuficiência cardíaca

vacinas de mRNA

As vacinas de mRNA da COVID estão associadas a uma diminuição do risco de morte em pessoas com insuficiência cardíaca, revela uma investigação apresentada no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, que descobriu ainda que estas vacinas não aumentam o risco de tromboembolismo venoso ou miocardite no coração dos doentes com insuficiência cardíaca.

“Os nossos resultados indicam que as pessoas com insuficiência cardíaca devem ser priorizadas para as vacinas COVID-19 e os seus reforços”, refere a autora do estudo, Caroline Sindet-Pedersen, especialista do Herlev and Gentofe Hospital, na Dinamarca.

“As vacinas COVID-19 continuarão a ser importantes para prevenir morbilidade e mortalidade nas populações vulneráveis ​​de doentes. Assim, estudos que enfatizem a segurança destas vacinas são essenciais para tranquilizar aqueles que podem estar hesitantes e garantir a continuidade da adoção das vacinas.”

A vacinação reduz o risco de doença grave por COVID-19 e é importante para as pessoas com insuficiência cardíaca porque estas têm maior risco de hospitalização, necessidade de ventilação mecânica e morte associada à doença. No entanto, “devido às perceções sobre possíveis efeitos secundários cardiovasculares das vacinas de mRNA nos doentes com insuficiência cardíaca, este estudo examinou o risco de complicações cardiovasculares e morte associadas a essas vacina num grupo de pessoas insuficiência cardíaca”, explica Sindet-Pedersen.

Foram incluídos 50.893 doentes com insuficiência cardíaca não vacinados e 50.893 pessoas vacinadas com qualquer uma das duas vacinas de mRNA (da Pfizer e da Moderna), acompanhadas durante 90 dias e avaliadas tendo em conta a mortalidade por todas as causas, piores resultados para a insuficiência cardíaca, tromboembolismo venoso e miocardite.

E ficou provado que levar uma vacina de mRNA não estava associado a um risco aumentado de piorar a insuficiência cardíaca, miocardite ou tromboembolismo venoso. “O estudo sugere que não deve haver preocupação com os efeitos secundários cardiovasculares das vacinas de mRNA nos doentes com insuficiência cardíaca. Além disso, os resultados apontam para um efeito benéfico da vacinação na mortalidade.”

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