É já no dia próximo dia 10 de abril que a A.N.D.A.R – Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatoide, vai realizar as suas XXIV Jornadas, no Altis Hotel, em Lisboa, um evento que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e que tem como objetivo promover o debate e divulgar informações cruciais relacionadas com a artrite reumatoide, bem como fortalecer a rede de apoio aos doentes afetados por este problema.
Este ano, as Jornadas ganham um significado especial, ocorrendo logo após o Dia Nacional dos Doentes com Artrite Reumatoide, celebrado a 5 de abril, (data da fundação da ANDAR), destacando a importância contínua de sensibilizar e apoiar aqueles que enfrentam esta patologia.
Para António Vilar, reumatologista e fundador da A.N.D.A.R., “o programa destas jornadas será marcado pela abordagem holística da doença, explorando vários temas como as intervenções não medicamentosas, o exercício físico, a alimentação saudável e a saúde mental, cujo impacto no desencadear da doença parece ser cada vez mais provável. Além disso, ainda serão discutidos os ‘velhos’ e os ‘novos’ tratamentos, explorando a evolução dos mesmos e oferecendo uma visão abrangente das opções disponíveis para os doentes com artrite reumatoide”.
A destacar ainda a valorização da comunicação com sessões dedicadas a aprender a dialogar com o seu médico e a transmitir os sintomas de forma clara e eficaz, tanto do ponto de vista do doente como do reumatologista.
Arsisete Saraiva, presidente da A.N.D.A.R, defende que as XXIV Jornadas são “um passo firme na missão de unir esforços para melhorar a qualidade de vida dos doentes com artrite reumatoide em Portugal. Mais do que a abordagem à componente física, estamos empenhados em promover o acesso a informações atualizadas, tratamentos eficazes e a ferramentas que promovam o bem-estar emocional e social de todos os que são afetados por esta doença”.
Os números da artrite reumatoide
Em Portugal, estima-se que existam cerca de 70.000 doentes com artrite reumatoide, uma doença crónica que se caracteriza pela inflamação das articulações (sobretudo das mãos, punhos, joelhos e pés), mas que pode afetar todos os nossos órgãos e sistemas, e, se não for tratada atempadamente, pode levar à destruição dos tecidos, com incapacidade potencialmente elevada e mortalidade aumentada.
Os primeiros sintomas tendem a aparecer nas idades entre os 30 e os 50 anos e a prevalência é maior nas mulheres.
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