
No ano em que se assinalam os 60 anos do Plano Nacional de Vacinação (PNV), a RESPIRA – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas anuncia o relançamento do MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação. Este regresso simboliza um novo impulso para um movimento que nasceu da vontade de várias associações de doentes e profissionais de saúde de garantir que nenhuma pessoa com doença crónica fique para trás no acesso à vacinação.
Em setembro, o MOVA, movimento de cidadania, fundado pela RESPIRA, com o apoio institucional da Fundação Portuguesa do Pulmão, do GRESP – Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar e da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, renasce com uma missão clara: sensibilizar a sociedade civil, os profissionais de saúde, as autoridades de saúde e os decisores políticos para a importância da vacinação na idade adulta e em especial dos doentes crónicos, combatendo barreiras de acesso, partilhando recomendações atualizadas, e promovendo os direitos e a proteção das pessoas mais vulneráveis.
“O primeiro grande marco do Movimento foi a comparticipação da vacinação antipneumocócica para pessoas com 65 anos ou mais anos, em dezembro de 2020, que demonstrou o impacto que podemos alcançar juntos. Agora, queremos ir ainda mais longe: defender a vacinação para todos os doentes, independentemente da idade ou patologia, porque o que está verdadeiramente em causa é a justiça na promoção da saúde”, explica José Albino, presidente da RESPIRA.
O Plano Nacional de Vacinação é uma das mais bem-sucedidas políticas públicas de saúde em Portugal. Graças à vacinação várias doenças foram eliminadas ou drasticamente controladas, mas a longevidade crescente da população exige uma atualização deste paradigma. Assim, o MOVA assume como principal desafio lutar pela comparticipação e/ou inclusão no PNV das vacinas de prevenção do Herpes Zoster e do Vírus sincicial respiratório – VSR, Vacinas antialérgicas (imunoterapia), reforço da tosse convulsa, alargamento da vacina de alta dose contra a gripe e ainda a total comparticipação da vacina antipneumocócica para todos os doentes crónicos em Portugal.
“A vacinação ao longo da vida é uma das bandeiras deste movimento de cidadania. Por isso, sentimos necessidade de alargar a área de atuação e integrar diferentes parceiros. Apesar de cada membro representar distintas patologias, todos estamos unidos num objetivo comum: a promoção dos direitos dos doentes”, conclui José Albino.