
No âmbito da campanha de sensibilização sobre a asma, com o mote “pASMAdo”, foi lançado um repto aos alunos da Escola Superior de Artes e Design, do Instituto Politécnico de Leiria para desenharem o que entendem ser uma crise de asma. A iniciativa “Traços d’Asma”, desenvolvida nas aulas de Ilustração da licenciatura em Design Gráfico e Multimédia e com o apoio dos professores João Catarino e Marco Correia, resultou em vários trabalhos artísticos, 18 dos quais agora disponíveis em https://saudeflix.pt/.
“Estes trabalhos têm como objetivo demonstrar o que sente um doente quando tem um ataque. No fundo, a ideia foi passar para a tela a descrição desse momento – de forma criativa, mas que fosse percetível pela população em geral. Os alunos tiveram a oportunidade de ouvir relatos de doentes e ilustrar essa experiência. Foi muito gratificante fazer parte desta iniciativa e contribuir para a principal mensagem da campanha – ter um ataque de asma não é normal e não deve ser desvalorizado”, sublinha o professor João Catarino.
De acordo com o estudo “A perceção dos portugueses sobre a asma”, divulgado a propósito do Dia Mundial da Asma, 65,1% dos inquiridos considera normal um doente ter uma crise, mesmo estando medicado, e 66,6% não sabe que a gravidade de um ataque pode ser comparável à de um ataque cardíaco. Apenas 25,7% dos inquiridos identificam todos os possíveis sintomas da doença (falta de ar, tosse, sensação de aperto no peito, cansaço, tosse durante a noite e pieira).
A asma é um desafio de saúde pública, com elevada prevalência, que afeta pessoas de todas as idades, em todo o mundo. Quando não é controlada, esta doença pode ser incapacitante ou mesmo fatal. Globalmente, estima-se que mais de 262 milhões de pessoas sofram com a doença.
Em Portugal, de acordo com o Inquérito Nacional de Prevalência de Asma, realizado em 2012, esta doença crónica afeta cerca de 700 000 pessoas, sendo que cerca de 300 000 portugueses não a têm controlada.
No entanto, é possível prevenir os ataques, através de um acompanhamento regular do doente para ir adaptando a medicação à necessidade da sua doença. O doente deve ainda cumprir a medicação corretamente e aprender a reconhecer os fatores que podem agravar os seus sintomas.