São cerca de 695 mil os portugueses que vivem com asma, quase metade (43%) sem a conseguir controlar, o que leva a que, em busca de alívio dos sintomas relacionados com a doença, recorram ao chamado inalador de alívio três ou mais vezes por semana. O que muitos talvez não sabem é que este é um indicador claro de que a asma se encontra por controlar, colocando estes doentes em risco de terem ataques de asma.
Alertar os profissionais de saúde para este risco, e para que possam ajudar os seus doentes, é o que se pretende com a campanha “Quebra o Ciclo – Deixa a asma sem fôlego”. Uma iniciativa da AstraZeneca, que visa desmistificar o tratamento desta doença com reforço a mais e melhor informação.
Nos últimos 50 anos, os inaladores de alívio têm sido o tratamento de primeira linha para a asma, muito devido à sua rápida capacidade de mitigar os sintomas.
É natural, por isso, que o alívio imediato proporcionado os torne os ‘melhores amigos’ destes doentes, que acreditam ser esta a forma mais rápida e simples de controlarem os seus sintomas. No entanto, a evidência científica atual confirma que o seu uso elevado está associado a um maior número de idas às urgências, maior número de hospitalizações e maior número de mortes.
É, por isso, essencial mudar os comportamentos, esclarecer e informar sobre os riscos do excesso de confiança associado ao uso do inalador de alívio, reforçando a importância de manter a doença controlada, o que evita que se tenha de recorrer com mais frequência à medicação de alívio.
Uma necessidade que coloca os profissionais de saúde na primeira linha, cabendo-lhes aqui um papel determinante para ajudar os seus doentes a controlar a asma através da terapêutica de manutenção.
Nesta primeira fase, a campanha é destinada exclusivamente aos profissionais de saúde, chegando posteriormente à população. Uma das várias iniciativas de consciencialização, a decorrer ao longo de 2021, será um breve questionário que ajudará os doentes a avaliar qual a sua dependência e grau de confiança dos inaladores de alívio, permitindo também aos profissionais de saúde identificar possíveis doentes em risco.